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Política

Presidente nacional do PSDB volta a MS para encontro com Riedel e lideranças

Reunião foi um pedido de Marconi Perillo à base sul-mato-grossense para definir futuro da sigla

Por Fernanda Palheta | 17/08/2025 11:45
Presidente nacional do PSDB volta a MS para encontro com Riedel e lideranças
Bancada tucana em encontro com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, em Campo Grande (Foto: Reprodução)

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, volta a Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (18) para se reunir com o governador Eduardo Riedel (PSDB), o ex-governador Reinaldo Azambuja e os deputados federais tucanos. O encontro foi um pedido do próprio Perillo à base sul-mato-grossense.

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O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, retorna a Mato Grosso do Sul para um encontro com o governador Eduardo Riedel e outras lideranças do partido. A reunião, solicitada por Perillo, abordará o futuro da legenda, que enfrenta uma crise interna e perda de representatividade, especialmente após a queda de prefeituras. O PSDB, que já aprovou a incorporação do Podemos, enfrenta dificuldades nas negociações devido a divergências sobre a liderança da nova sigla. Com a saída de importantes figuras, como Reinaldo Azambuja e a iminente saída de Riedel, o estado se destaca como o último bastião tucano no Brasil, mantendo uma significativa representação local.

Entre os temas que devem entrar na discussão está o futuro do ninho tucano. Nacionalmente, a legenda retomou a articulação da federação com Republicanos e MDB, porém, em Mato Grosso do Sul, lideranças de ambos os partidos não acreditam que ela sairá do papel.

Em junho, o PSDB chegou a aprovar a incorporação do Podemos ao ninho tucano. As negociações foram suspensas pela falta de consenso sobre a liderança da nova legenda. O Podemos exigiu que a deputada federal Renata Abreu (SP) assumisse a presidência da nova sigla por quatro anos. A proposta dos tucanos era um sistema de rodízio no comando, com alternância semestral no início e anual após as eleições de 2026, até que uma eleição interna definisse o diretório e a executiva permanentes.

O PSDB busca uma saída para enfrentar a cláusula de barreira e a perda de representatividade. O partido vive uma longa crise, marcada por rachas internos e perda de protagonismo diante da polarização brasileira. No seu pior resultado eleitoral, no último pleito, o PSDB foi a legenda que mais perdeu prefeituras no País, passando de 525 eleitos em 2020 para 269 em 2024, queda de 48%.

Este ano, o ninho tucano perdeu ainda mais representatividade. Dos três governadores eleitos em 2022, apenas o sul-mato-grossense permaneceu no PSDB. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, foi a primeira a se movimentar e se filiou ao PSD em março. A saída do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se consolidou em maio, quando também se filiou ao PSD.

O desempenho sul-mato-grossense se descolou do cenário nacional. O Estado se tornou o último reduto tucano no País, com governador, três deputados federais, seis deputados estaduais, a maior bancada da Câmara Municipal de Campo Grande, com cinco vereadores, e 44 das 79 prefeituras do Estado.

Em meio à crise, o ninho tucano está prestes a perder lideranças importantes em Mato Grosso do Sul. A saída de Reinaldo é certa e deve acontecer antes mesmo da resolução nacional sobre o futuro do partido. Último governador tucano, Riedel também está de malas prontas para deixar o PSDB.

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