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Política

Preso, Delcídio fica de licença por 120 dias, mas suplente não assume

Alan Diógenes | 26/11/2015 17:59
Delcídio foi preso acusado de atrapalhar investigações da Operação Lava Jato. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Delcídio foi preso acusado de atrapalhar investigações da Operação Lava Jato. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O senador Delcídio do Amaral (PT), preso ontem (26), pela Polícia Federal, acusado de estar atrapalhando nas investigações da Operação Lava Jato ao tentar dissuadir o ex-diretor da Àrea Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de firmar um acordo de delação premiada, ficará afastado do Senado por tempo indeterminado. A decisão foi informada pela Secretaria Geral da Mesa do Senado, na final da tarde desta quinta-feira (26).

Conforme a nova interpretação da secretaria, somente depois de 120 dias de afastamento é que é preciso chamar o suplente para o estado de Mato Grosso do Sul não ficar sem representante no Senado, neste caso, Pedro Chaves dos Santos Filho. A licença automática está baseada no artigo 44 do Regimento Interno da Casa, que trata exatamente de uma licença específica para casos em que o senador está "temporariamente privado de liberdade", o que se encaixa neste caso, já que Delcídio está preso.

Delcídio deve continuar recebendo o salário de R$ 33,7 mil mensais, depois de quatro meses, porque ainda segundo a secretaria, essa seria uma licença involuntária, como a licença médica. Como a prisão do parlamentar é um caso inédito no Senado, as regras ainda devem ser definidas pela Mesa-Diretora, comandada pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB).

Ontem (25), o plenário do Senado Federal manteve a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e por 59 votos a 13 os parlamentares decidiram manter a prisão de Delcídio, líder do governo na Casa.

Investigação - Em uma gravação, Delcídio aparece oferecendo R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Foi a partir daí que a equipe da PF foi atrás e prendeu o parlamentar em Brasília-DF.

Delcídio então irá permanecer preso e só poderá ser solto quando o STF entender que ele não mais vai colocar em risco às investigaçõres e não possa cometer crimes fora da prisão.

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