Presos presidente da Câmara de Dourados e vice-prefeito
A Polícia Federal prendeu Nesta manhã várias autoridades de Dourados, dentre elas o presidente da Câmara de Vereadores de Dourados, Sidlei Alves (DEM),
e o vice-prefeito, Carlinhos Cantor (PR).
A operação, denominada Owari (ponto final), foi desencadeada para desmantelar organização criminosa que envolve empresários, profissionais liberais e servidores públicos.
"Servidores públicos cooptados pela organização criaram uma estrutura criminosa a fim de obter benefícios em diversos contratos, em prejuízo à livre concorrência", informa nota da PF.
São 42 mandados de prisão e 85 de busca e apreensão por serem cumpridos, segundo informou a PF.
Segundo as investigações, a organização tinha vantagens com a Prefeitura explorando serviços públicos sem processo licitatório. Para isso, funcionários eram corrompidos e também foi apurada participação dos vereadores.
O Marcelo Barros (DEM) também esteve na delegacia prestando esclarecimentos. Os empresários Sizuo Uemura e Helena Uemura também estão na delegacia da Polícia Federal. Sizuo é bastante conhecido na cidade, tem concessionária de veículos, um hospital e é forte no ramo de funerária, onde detém monopólio.
A família Uemura é conhecida na cidade como uma das principais financiadoras da campanha do prefeito Ari Artuzi (PDT). Na campanha do ano passado, a Viasul Veículos, fez várias doações ao candidato.
Secretários municipais foram, inclusive, indicados por Eduardo Uemura, filho de Sizuo. Na administração de Laerte Tetila, a família também era tida como muito próxima.
A organização criminosa tem ramificações em Campo Grande, Ponta Porã, Naviraí e nas cidades paranaenses de Guaíra e Umuarama. Foram dois anos de investigação da PF.
Há informações de que estão na delegacia também o secretário de Habitação de Dourados, Jorge Dauzaker, o secretário de Governo, Darci Caldo, o secretário de Obras, Carlos Iores, secretário de Saúde, Sandro Bárbara, o ex-prefeiro, Laerte Tetila e seu filho, André Tetila, além do vice-prefeito de Ponta Porã e ex-secretário de Saúde do Estado, Paulo Esteves.
(Matéria editada às 10h23)