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Política

Pressionado, Waltrudes renuncia a presidência do Sintáxi

Redação | 30/06/2009 08:12

Após oito anos no comando do Sintáxi (Sindicato dos Taxistas de Mato Grosso do Sul), Waltrudes Pereira Lopes decidiu que irá entregar o cargo. Ele se reuniu com outros sindicalistas na sede da instituição, para acertar os detalhes da renúncia, mas não conversou com jornalistas.

Waltrudes entrou no prédio quieto, sem nenhum comentário, e logo convocou uma comissão de taxistas para conversa. Logo depois, o vice-presidente saiu para informar sobre a renúncia. A categoria havia dado prazo até às 8 horas de hoje para a saída dele.

Na madrugada houve, inclusive, panfletagem para convocar taxistas a comparecerem nesta terça-feira ao sindicato, no Centro da cidade. Vários foram´até a entidade para acompanhar a reunião.

Por trás da decisão existe um acordo com taxistas e com o vice-presidente João Santana, o Lula, para não levar à imprensa um dossiê contra o então presidente. Em troca, Waltrudez ficaria com a Coopertáxi (Cooperativa dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários e Táxi de Campo Grande).

Alguns taxistas disseram que preferem poupar Waltrudes de uma denúncia pública por desvio de verbas, a manchar o nome do sindicato que representa a categoria.

Apesar do acordo para poupar o atual presidente, a decisão foi muito comemorada por alguns taxistas. Antônio de Freitas, que há 12 anos trabalha como taxista, promete comprar até fogos de artifício para celebrar a saída de Waltrudes.

"Vou até lá comprar foguete para estourar porque quando ele foi eleito soltaram fogos. Agora que ele está saindo, vou comemorar", disse.

Freitas conta que foi expulso por Waltrudes da Coopertáxi, porque cobrou uma dívida de R$ 40,00. "Eu vim aqui para assistir de camarote a saída dele", afirma o taxista.

Há 12 anos, Waltrudes preside a Coopertáxi, uma das principais cooperativas de trabalhadores de Campo Grande.

Segundo a categoria, sindicato e cooperativa acumulam dívidas, o que forçou o presidente a tomar atitudes impopulares como a cobrança, a partir do mês que vem, de R$ 200 pelo uso do serviço de rádio, e a suspensão do fornecimento gratuito de óleo e filtro para os carros dos associados.

No último dia 24, Waltrudes disse que nunca desviou dinheiro e que Lula estaria tentando dar um golpe para assumir o comando do sindicato com o apoio da Rádio Táxi Campo Grande

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