Prisão de engenheiro civil fecha cumprimento de mandados de operação em Terenos
Leandro Cícero de Almeida Brito foi preso ontem, suspeito de integrar organização criminosa

O engenheiro civil Leandro Cícero Almeida de Brito, residente em Campo Grande, foi preso ontem (11), em cumprimento ao último mandado de prisão pendente da Operação Spotless, que apura fraudes em licitações e contratos da prefeitura de Terenos.
RESUMO
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Engenheiro civil é preso por fraude em licitações em Terenos (MS). Leandro Cícero Almeida de Brito, investigado pela Operação Spotless, foi detido por suspeita de integrar organização criminosa. Ele é acusado de elaborar documentação técnica fraudulenta para tomada de preços da Estratégia de Saúde da Família, recebendo R$ 9 mil em propina. A prisão foi decretada pelo TJMS a pedido do MPMS, que investiga fraudes em licitações e contratos da prefeitura. Além de Brito, outras 15 pessoas foram presas, incluindo o prefeito Henrique Wancura Budke (PSDB), que se afastou do cargo. A investigação aponta que Budke recebeu mais de R$ 646 mil em propina entre 2021 e 2024.
No mandado de prisão contra ele, expedido pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), consta que o engenheiro é investigado pelo crime de integrar organização criminosa (Lei 12.850, artigo 2).
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A prisão foi cumprida por equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). No ofício da Depac/Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) consta que ele foi preso no período da tarde e que seria encaminhado para a audiência de custódia e, posteriormente, para a unidade prisional.
No pedido de prisão formulado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a informação é que, em 2022, Leandro Cícero teria elaborado a documentação técnica que embasou uma tomada de preços fraudulenta da ESF (Estratégia de Saúde da Família) no assentamento Sete de Setembro. Para isso, recebeu R$ 9 mil do empresário Hader Luiz Correa Grote Chaves, dono da empresa HG Empreiteira & Negócios Ltda, que venceu o certame. Os valores foram repassados de março a outubro daquele ano, por meio de Pix.
A pedido do MPMS, o desembargador Jairo Roberto Quadros decretou a prisão preventiva de Leandro Cícero e mais 15 investigados, autorizou busca e apreensão na casa dele e o acesso aos telefones celulares e dispositivos informáticos. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Leandro Cícero.
Entre os outros detentos está o prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), que pediu afastamento do cargo.
O advogado Julicezar Barbosa, responsável pela defesa de Budke, encaminhou nota, ontem, dizendo que o cliente foi surpreendido pela investigação, “pois sempre pautou sua vida em honestidade e transparência”.
Conforme a Operação Spotless, o chefe do Poder Executivo recebeu mais de meio milhão de reais em propina entre 2021 e 2024. Foram R$ 646 mil no período, conforme indicaram relatórios do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco.
Segundo a investigação, o maior suborno recebido pelo prefeito foi de R$ 255 mil, referente à construção de um bloco da Escola Jamic.
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