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Política

Quem compra voto não vai deixar de ser corrupto após eleito, diz promotor

Ministério Público lançou hoje em Dourados a campanha “Voto Vendido, Futuro Perdido” e promotores pediram para eleitor pensar na cidade pelos próximos quatro anos

Helio de Freitas, de Dourados | 19/09/2016 16:31
Promotores falam sobre campanha contra venda de voto (Foto: Helio de Freitas)
Promotores falam sobre campanha contra venda de voto (Foto: Helio de Freitas)

O MPE (Ministério Público Estadual) lançou na tarde de hoje (19) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, a campanha “Voto Vendido, Futuro Perdido”, que tenta convencer o eleitor a não vender o voto nestas eleições.

Ricardo Rotunno e Luiz Gustavo Camacho Terçariol, que também são promotores eleitorais de Douradina e Itaporã, apresentaram a campanha a jornalistas, policiais e representantes de entidades de classe. Segundo eles, o objetivo da campanha é mostrar que o eleitor que vende o voto também é um criminoso, assim como o político que compra.

“Se é corrupto antes da eleição, o candidato que compra o voto não vai deixar de ser corrupto depois de eleito”, afirmou Terçariol. Segundo ele, desta vez o foco da campanha é o eleitor: “A venda também é crime, também é corrupção. Quem vende o voto comete um crime eleitoral com pena de até quatro anos de reclusão”.

Direito sagrado – Ao apresentar o material de divulgação da campanha e os canais que o eleitor tem para denunciar o crime eleitoral, Terçariol disse que o voto é um direito sagrado “conseguido a duras penas por nossos antepassados”.

“Quem vende o voto vende o futuro de seus filhos. Quem vende o voto troca uma esmola por uma escola e perde o direito de cobrar o candidato. Nada mais poderá exigir depois, porque ao vender o voto se tornou se uma mera mercadoria do candidato”, afirmou.

Segundo ele, o reflexo da venda do voto é visto em quatro anos. “O eleitor que vende o voto até pode usufruir do benefício por minutos e às vezes por alguns dias, mas os malefícios se perpetuam por quatro anos. Vamos nos insurgir contra essa nefasta compra de votos”.

Terçariol disse que a campanha também será feita através do aplicativo whatsapp: “se os candidatos estão fazendo para pedir voto, também podemos fazer para combater a venda de voto".

Começar em casa – O promotor Ricardo Rotunno disse que é importante o eleitor de Dourados, Douradina e Itaporã fazer a sua parte. “Temos de começar por nossa casa”.

Ele pediu que a imprensa seja porta-voz para ajudar a conscientizar o eleitorado a não vender o voto. “Precisamos convencer o eleitor a não deixar se corromper porque o resultado vai implicar diretamente na vida das pessoas. Em época de Lava Jato, a escolha livre de nossos governantes é a forma mais direta e eficaz de combater a corrupção. Não adianta nada depois sair nas ruas para protestar. Quem vende seu voto não é eleitor, é criminoso”.

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