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Política

Redes sociais devem influenciar campanhas políticas, segundo especialistas

Mariana Lopes | 31/03/2014 17:11

Em plena era digital e em tempos de internautas conectados praticamente o dia todo às redes sociais, especialistas afirmam que a internet deve influenciar as campanhas políticas das eleições deste ano. Um dos fatos relevantes para esta afirmação é também uma mudança de comportamento, tendo em vista que as pessoas têm compartilhado ideias e debatido questões importantes para os rumos do País.

Um exemplo de articulação que deu certo através da internet foram as manifestações populares que sacudiram o Brasil em 2013. Conforme dados do Nielsen Ibope de dezembro de 2013, cerca de 108 milhões de pessoas acessam a internet no Brasil. Deste total, 58,2 milhões acessam em casa ou no trabalho, dos quais 45 milhões estão nas redes sociais.

Diante dos dados e do comportamento da população, o marketing digital, sem dúvida, deve ser destaque no planejamento de campanha dos candidatos a eleição em 2014.

Para o estrategista de comunicação digital, referência em projetos digitais no país, Marcelo Vitorino, a internet pode ser um elemento chave na mobilização de uma campanha política, levando os militantes a completarem tarefas com mais qualidade e eficácia.

Vitorino ainda destaca que a internet leva vantagem no conteúdo transmitido na televisão, já que os programas das emissoras tem o tempo de exibição restrito e, por isso, podem não mostrar toda a informação ao eleitor.

Contudo, o estrategista pontua que o problema é que há pouca gente qualificada tecnicamente para utilizar ferramentas da forma mais produtiva e poucos candidatos tem visão para investir no online. “Com uma boa equipe, boas plataformas e uma estratégia bem feita, a internet pode influenciar uma eleição”, completa Vitorino.

Segundo dados do IBGE, Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais possui telefone móvel celular no Brasil. Em relação ao número de acessos a internet, o estado segue como a segunda região do país.

“A parcela de pessoas que tem a internet como uma das principais fontes de informação do seu dia a dia já passou da metade da população. Em Mato Grosso do Sul a tendência não é diferente”, diz Estevão Rizzo, especialista em marketing digital da 80 20 Marketeria Digital.

Como usar – Rizzo explica que para o candidato se inserir nas ferramentas onlines, o primeiro passo é definir de forma clara a marca pessoal e as bandeiras que ele irá levantar durante a campanha.

O segundo passo é identificar onde está o público que compartilha dos mesmos ideais do candidato. Depois, é preciso estudar a melhor forma de transmitir a mensagem para essas pessoas.

Rizzo ainda explica que, diferente das mídias tradicionais, a internet é uma forma de comunicação de duas vias, na qual os internautas têm a oportunidade de se pronunciar em tempo real.

Por isso, segundo Rizzo, o candidato tem que produzir conteúdo constantemente, com velocidade e, estar pronto para interagir diariamente com seus eleitores, criar um conteúdo específico para a internet e não apenas “adequar” o de outras mídias.

“Outra dica é preparar-se para lidar com comentários, tanto de eleitores quanto de detratores; apagar ou inibir este tipo de ação faz ressoar a imagem de um candidato que não está interessado no que seu eleitorado tem a dizer e, que está despreparado (ou tem medo) de responder às indagações feitas”, orienta Rizzo.

O estudante de Direito Douglas Queiroz, 24 anos, utilizará as ferramentas onlines, principalmente as redes sociais, para buscar informações sobre os candidatos e definir seu voto. Como ele fica de 6 a 10 horas por dia conectado, acha muito mais fácil acompanhar os candidatos pela internet do que por outros meios.

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