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Capital

“Eles sempre brigaram, desde menino”, diz família de padrasto morto pelo enteado

Na noite deste domingo, discussão entre padrasto e enteado terminou em tragédia

Por Dayene Paz e Raíssa Rojas | 30/06/2025 09:06
“Eles sempre brigaram, desde menino”, diz família de padrasto morto pelo enteado
Sangue da vítima na rua onde aconteceu o crime. (Foto: Marcos Maluf)

A relação entre Oswaldo Gomes Pereira, de 59 anos, e o enteado Anderson Rodrigues Dorta, de 33, era marcada por brigas constantes. Segundo familiares, o crime ocorrido neste domingo (29), na Vila Santa Luzia, em Campo Grande, foi o desfecho trágico de anos de desentendimentos dentro de casa.

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Um homem de 33 anos foi preso após matar o padrasto a facadas em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O crime ocorreu no domingo (29), na Vila Santa Luzia, quando Anderson Rodrigues Dorta atacou Oswaldo Gomes Pereira, de 59 anos, após uma discussão sobre consumo de bebida alcoólica. Segundo familiares, a relação entre vítima e agressor era marcada por conflitos desde a infância de Anderson. Oswaldo era casado há 34 anos com a mãe do suspeito e ajudou a criar todos os enteados. O autor do crime possui diversas passagens pela polícia, incluindo tráfico de drogas e roubo.

Patrícia Rodrigues Dorta, irmã do autor e filha da esposa de Oswaldo, contou que cresceu vendo os dois discutirem. “Eles sempre brigaram, desde menino. Meu pai era calmo, mas o Anderson vivia provocando. Sempre ameaçou, mas só de boca. Nunca pensei que ele faria isso”, desabafa.

Ela se refere a Oswaldo como pai. Segundo Patrícia, ele era casado com a mãe dela há 34 anos. “Foi quem me criou. Ele criou todos nós”.

No dia do crime, Anderson começou a beber em casa, o que irritou o padrasto. Oswaldo pediu para que ele parasse, e a discussão se formou. “Ele disse que ia resolver. Saiu e voltou com uma faca”, relata a irmã. Do lado de fora da casa, Oswaldo estava sentado sobre uma moto quando foi atacado. “Tentei separar, nem vi ele dar a facada. Achei que meu pai tinha batido a cabeça quando caiu”.

“Eles sempre brigaram, desde menino”, diz família de padrasto morto pelo enteado
Irmã do autor enquanto conversava com a reportagem nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)

Ainda segundo Patrícia, a ambulância demorou mais de meia hora para chegar. Oswaldo estava consciente, mas perdeu muito sangue e morreu na UPA do Coronel Antonino. A mãe dela, esposa da vítima e mãe do autor, está abalada. “É o marido e o filho dela”.

Outros familiares também relataram o histórico problemático de Anderson. Cleber Pereira dos Santos, pedreiro de 43 anos e sobrinho da vítima, disse que Oswaldo não gostava do jeito do enteado. “Só aprontava. Quem não prestava era ele [Anderson]”. Cleber explicou que Oswaldo só tinha ido até a casa para buscar o carregador do celular. Ele revezava com a família os cuidados com a avó. “Foi buscar o carregador e não voltou mais”.

O cunhado de Anderson, marido da Patrícia, não quis se identificar, mas também resumiu a relação: “Vale nada. Era meu cunhado, mas nunca gostei dele. Agora fez isso com o próprio padrasto. O Oswaldo era gente boa demais”.

Anderson foi preso em flagrante e tem diversas passagens por crimes como tráfico de drogas, roubo, ameaça e receptação.

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