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Política

Reinaldo destaca pleno emprego e finanças: “As pessoas estão contentes”

“Estendemos a mão a quem mais precisa”, diz ele

Aline dos Santos | 04/03/2022 06:03
“Fizemos as reformas que ninguém tinha coragem de fazer", diz Reinaldo sobre recuperação da economia. (Foto: Paulo Francis)
“Fizemos as reformas que ninguém tinha coragem de fazer", diz Reinaldo sobre recuperação da economia. (Foto: Paulo Francis)

Do gabinete encravado no Parque do Prosa, a reserva de 135 hectares onde águas e fauna se encontram, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), num balanço de gestão, afirma, com exclusividade ao Campo Grande News, que Mato Grosso do Sul colhe o equilíbrio financeiro das reformas, deve ingressar na elite da STN (Secretaria do Tesouro Nacional) no quesito solidez fiscal e, no que parece ser a reta final da pandemia, se avizinha do pleno emprego. “As pessoas estão contentes com Mato Grosso do Sul”, afirma.

No ano eleitoral, o tucano rechaça fazer políticas públicas caça-voto – “estendemos a mão a quem mais precisa” - e se mostra cabo eleitoral de peso da pré-candidatura de Eduardo Riedel (secretário estadual de Infraestrutura) ao governo.

Neste segundo mandato, já são dois anos de enfrentamento à pandemia de covid, a maior crise sanitária do planeta.

“Todo mundo perdeu com pandemia. As maiores perdas foram as vidas, que hoje, já ultrapassa 10.300 em Mato Grosso do Sul. O grande desafio nosso foi ouvir a ciência, nenhuma medida foi tomada sem ouvir as autoridades sanitárias. Também foi preciso enfrentar a intolerância. Porque teve momento que foi preciso trancar a atividade econômica para evitar uma explosão de casos. E o sistema de saúde colapsar, como ocorreu no momento que tivemos que exportar pacientes para outro Estado”, afirma Reinaldo.

MS liderou o ranking nacional da vacinação contra a covid no período mais crítico, registrado no ano passado. Atualmente, 75,16% da população tem o esquema vacinal completo. A rede estadual conta com 113 leitos de UTI covid (Unidade de Terapia Intensiva) e 258 leitos de UTI geral.

Com o avanço da vacinação, o Estado conseguiu investir recursos na retomada econômica, com rede de apoio para quem mais perdeu receita: setores de turismo, cultura, bares e restaurantes.

“Isso fez a diferença. A economia respondeu bem e hoje, nós estamos praticamente entre o primeiro e segundo PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Fruto das medidas sanitárias e do governo, que teve pernas para atender os setores mais impactados”. No Retomada MS, os benefícios ultrapassam R$ 1 bilhão em três eixos: auxílio financeiro, medidas fiscais e microcrédito.

"Estendemos a mão com R$ 300 do Mais Social para 100 mil famílias", diz o governador. (Foto: Paulo Francis)
"Estendemos a mão com R$ 300 do Mais Social para 100 mil famílias", diz o governador. (Foto: Paulo Francis)

“Estendemos a mão” - Para quem estava em vulnerabilidade social, foram criados os programas “Mais Social” e “Energia Social - Conta de Luz Zero”.

“Os programas foram criados sem impactar ninguém, isso é fonte da economia do próprio tesouro. Estendemos a mão com R$ 300 do Mais Social para 100 mil famílias, o que é muito significativo. Com a energia gratuita, uma senhora falou para mim, em Aral Moreira, que pode comprar o remédio. A estudante vai conseguir terminar o curso de nível superior. Isso faz toda a diferença”.

O governo estadual paga a conta de energia elétrica de 152 mil famílias. O programa tem duração assegurada até abril de 2024.

Nota A nas finanças – Mato Grosso do Sul deve ser classificado como letra A da Capag (Capacidade de Pagamento) em 2022. A nota é composta por três indicadores: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez.

Desde 2015, a gestão do tucano fez reforma fiscal, administrativa, previdenciária e do teto do gasto dos poderes.

“Fizemos as reformas que ninguém tinha coragem de fazer. O Estado era letra D, a pior no indicador da capacidade de pagamento. Nesse ano de 2022, somos letra A. Com as reformas, recuperamos a capacidade do Estado investir e diminuímos o endividamento. Em janeiro de 2015, era 96% da receita corrente liquida e hoje é 44%. Diminuímos o endividamento do Estado pela metade”, afirma o governador.

Em oito anos de mandato, Reinaldo contratou somente um empréstimo: R$ 100 milhões para pagar a metade da rodovia que liga Ribas do Rio Pardo a Camapuã. Para o governador, quem classifica as ações neste ano como pacote de bondade por questão eleitoreira, não acompanhou o histórico do Estado.

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É chororô de quem nunca teve coragem de fazer essas mudanças. Foram reformas difíceis, mas necessárias. Somos o segundo Estado com a melhor equação fiscal do Brasil. Isso responde àqueles que não estão satisfeitos.”

Aquário de portas abertas – O Aquário do Pantanal, em obras desde fevereiro de 2011, ruma para abrir as portas no fim deste mês de março.

“O cronograma está dentro do previsto e provavelmente até o fim de março, a gente entrega o Aquário para a população, o maior de água doce do mundo. Queremos transformar num centro de estudo e abrir para a sociedade científica do mundo inteiro.”

A administração do Aquário do Pantanal deve ficar sob a responsabilidade do Grupo Cataratas, que venceu licitação em 2014. Após finalizada a obra, a empresa tem até 120 dias para analisar se o empreendimento cumpre os itens previstos no edital.

“Mas nós não vamos ficar esperando a Cataratas. Pode vir como complemento do atrativo Mas o governo vai fazer o início do Aquário independente da Cataratas. Vamos inaugurar e abrir para a visitação.”

No começo, a visita deve ser gratuita, com liberação para escolas e universidades. Agora, o Aquário recebe os peixes, que são cuidados pelo Estado há sete anos.  Atualmente, o custo de manutenção dos animais chega a R$ 300 mil por mês.

“Por falta de planejamento anterior, que é um absurdo. Eles trouxeram os peixes sem concluir o Aquário.”

O governo liderou o programa de Obra Inacabada Zero, com a conclusão de 196 projetos herdados de outras gestões. “Se ficar com alguma obra em andamento, o dinheiro da conclusão fica na conta, seja da Saúde, Segurança , Educação. Já penalizamos mais de 40 empresas por não cumprir prazos de contratuais.”

No campo dos investimentos, foram R$ 4 bilhões em obras viárias, que incluem pontes e estradas, como a restauração das rodovias que ligam Guia Lopes da Laguna a Bonito e Sidrolândia a Maracaju, uma das mais importantes regiões produtoras do Estado.

Reinaldo afirma que preferiu investir num receptivo com a "cara de MS" a fazer palácio. (Foto: Paulo Francis)
Reinaldo afirma que preferiu investir num receptivo com a "cara de MS" a fazer palácio. (Foto: Paulo Francis)

Palácio do governo – Inaugurado em dezembro no Parque do Prosa, o gabinete, que é uma extensão da governadoria, teve investimento de R$ 1,3 milhão para aproximar os visitantes das belezas naturais.

A construção em vidro permite contemplar a mata, os passeios das antas e capivaras, além das águas límpidas. O projeto original do Parque dos Poderes até previa um palácio do governo, mas que ficou no papel.

“Sou contra obras faraônicas ou construir mausoléus com dinheiro público. Isso aqui era um espaço abandonado, mas  foi transformado num receptivo que tem tudo a ver com Mato Grosso do Sul. Tem água, floresta, animais. É muito melhor trazer uma autoridade para conhecer aqui do que pôr dentro de um palácio. Isso deve ser o pensamento do governante. Me dei por satisfeito por não ter feito um palácio, mas ter recuperado esse espaço.”

Futuro político – Sobre eventual candidatura ao Senado, Reinaldo Azambuja disse que ainda não se decidiu.

“A minha vontade e da família é concluir o mandato em 31 de dezembro. Mas diz que na política, muitas vezes, as vontades não são só suas, tem grupo de pessoas. Temos um projeto, que não é novidade para ninguém. Estamos engajados na pré-candidatura do Eduardo, responsável por reformas estruturantes e extremamente qualificado. Saiu da iniciativa privada para servir Mato Grosso do Sul e está servindo muito bem. O Eduardo conhece profundamente o Estado”, afirma o governador.

Reinaldo Azambuja ainda decide se vai ser candidato ao Senado. (Foto: Paulo Francis)
Reinaldo Azambuja ainda decide se vai ser candidato ao Senado. (Foto: Paulo Francis)


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