Riedel elogia articulação de Temer e mostra abertura para integrar grupo em 2026
Governador destaca que agenda é propositiva em meio ao cenário de intensa polarização entre Lula e Bolsonaro
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), manifestou apoio à proposta do ex-presidente Michel Temer (MDB) de construir uma candidatura de centro-direita para a eleição presidencial de 2026. Em meio ao cenário de intensa polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Temer tem articulado uma frente alternativa que reúna nomes com influência regional e boa avaliação de governo, com o objetivo de quebrar a onda que tem dominado o debate político nacional nos últimos anos.
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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), demonstrou apoio à iniciativa do ex-presidente Michel Temer (MDB) de construir uma candidatura de centro-direita para 2026. O projeto, conhecido como "Movimento Brasil", busca unir governadores influentes para romper a polarização entre Lula e Bolsonaro. A articulação visa reunir Eduardo Leite (RS), Ratinho Junior (PR), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO) e Tarcísio de Freitas (SP). Riedel, que atravessa momento de indefinição partidária devido à possível fusão do PSDB com o Podemos, mostrou-se aberto a integrar o grupo, desde que haja alinhamento programático.
Em entrevista ao Campo Grande News, Riedel elogiou a articulação de Temer, destacando que se trata de uma “iniciativa louvável” por buscar uma coalizão com base em propostas e não em antagonismos partidários. “Eu acho que a iniciativa do ex-presidente é louvável em buscar uma agenda de Brasil, que não fique de maneira rasa na discussão polo A ou polo B, que tenha no seu conjunto propostas concretas para o Brasil”, afirmou Riedel.
O movimento liderado por Temer, batizado nos bastidores de “Movimento Brasil”, mira a união de cinco governadores cotados para disputar a Presidência em 2026: Eduardo Leite (RS), Ratinho Junior (PR), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO) e Tarcísio de Freitas (SP). O objetivo é construir uma candidatura única com viés de centro-direita.
“A gente tem que trabalhar pelo Brasil, e a coalizão que o Temer propõe é uma coalizão nesse sentido. Quando ele foi candidato e presidente, ele estabeleceu a ponte para o futuro que carregava muito dessa agenda Brasil. É um homem que pensa no estado brasileiro, que pensa a administração pública num nível superior e acho que está correto em propor essa agenda a partir de lideranças políticas que possam agregar”, ressaltou o governador.
Riedel, embora não esteja formalmente no grupo, vê com bons olhos a possibilidade de participar da coalizão e receber o apoio do grupo em 2026, desde que haja compatibilidade programática. “Se for diante da agenda que a gente acredita, sim”, declarou sinalizando abertura para ingressar no movimento. O governador destacou ainda que o debate precisa estar ancorado em um plano para o país, e não apenas em nomes ou estratégias eleitorais.
A movimentação acontece em um momento de indefinição partidária para Riedel. Filiado ao PSDB, ele acompanha de perto o processo de fusão da legenda com o Podemos, com convenção marcada para o dia 5 de junho. A eventual fusão tem levado o governador a dialogar com outras siglas, como PL, PP, PSD, Republicanos e MDB, em busca de uma posição mais confortável para 2026. “Estamos conversando com todos os partidos. Isso faz parte do processo de mudança e consolidação do sistema partidário brasileiro. O importante é carregar os valores que a gente defende numa sigla”, afirmou.
Questionado diretamente sobre suas preferências partidárias, Riedel afirmou que ainda não tomou uma decisão. “Não tem nenhuma opção no momento do ponto de vista de preferência A, B ou C. Existe um compromisso em fortalecer o PSDB nesse processo de consolidação partidária. Depois da convenção do dia 5, vamos continuar discutindo com os partidos”, explicou.