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Política

Rigo defende definição urgente sobre questão indígena

Redação | 05/11/2009 15:05

Durante a sessão legislativa desta quinta-feira, o deputado estadual Ary Rigo (PSDB) disse que é preciso uma ação da Justiça para acabar com as invasões de terras pelos índios. "Essa indefinição da Justiça causa confusão e transtorno para nosso estado", afirmou.

Mato Grosso do Sul vive um clima de tensão por causa da instabilidade em torno da demarcação de terras para índios, muitos deles confinados em pequenas áreas.

"Estávamos, nesta semana, em audiência com o governador André Puccinelli, quando fomos interrompidos por uma ligação telefônica do ministro da Justiça, Tarso Genro. Durante mais de 15 minutos, o ministro ouviu um relato sobre a questão de invasões indígenas em propriedades rurais, principalmente nas regiões Dourados, Coronel Sapucaia e Dois Irmãos de Buriti", contou o parlamentar, em aparte ao deputado Reinaldo Azambuja (PSDB).

Ainda de acordo com o deputado Ary Rigo, o governador André Puccinelli disse ao ministro Tarso Genro que as invasões estariam sendo incentivadas por representantes do MPF (Ministério Público Federal). Azambuja também se colocou contra "a onda de invasões de propriedades".

Vander Loubet - Já em pronunciamento na Câmara dos Deputados, Vander Loubet (PT-MS) disse que a proporção dos conflitos entre índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul é alarmante e defendeu uma solução imediata para o impasse.

Loubet também cobrou das autoridades a apuração completa do desaparecimento de dois índios guarani da região próxima a Paranhos e Amambaí, na região Cone Sul, fronteira com o Paraguai.

Para ele, as circunstâncias que envolvem o sumiço dos dois professores podem estar associadas ao cenário de confrontos nesta área conflagrada, onde recentemente um grupo de homens armados contratados por fazendeiros expulsou diversos índios que ocupavam áreas de uma fazenda reclamada pelos guarani.

"Os povos indígenas do Brasil e o conjunto da sociedade exigem a apuração completa e ágil do desaparecimento dos professores Olindo Verá e Genivaldo Verá", cobrou.

Vander disse temer o pior diante da falta de notícias desde a data do desaparecimento, no dia 31 de outubro passado. "O que mais nos preocupa é que parece não existir solidez e consistência na perspectiva de paz e de entendimento entre as partes conflagradas. A sociedade exige uma resposta eficiente e não-arrastada sobre a titularidade do domínio sobre essas terras, cuja demarcação vem sendo sistematicamente postergada", enfatizou.

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