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Política

Rinaldo cobra providência de Dilma no combate à troca de carro por droga na Bolívia

Wendell Reis | 27/10/2011 14:02

Para deputado, legalização de carro roubado no Brasil pelo governo boliviano criou moeda de troca no tráfico de cocaína

Deputado
Rinaldo Modesto (PSDB). (Foto: Wagener Guimarães/ALMS
Deputado Rinaldo Modesto (PSDB). (Foto: Wagener Guimarães/ALMS

O deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB) está preocupado com o aumento do tráfico de drogas, principalmente na fronteira do Brasil com a Bolívia. Ele ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para falar sobre o caso e pediu a colaboração dos colegas para que a Casa envie um documento à presidenta Dilma Rousseff (PT) cobrando ação enérgica com o objetivo de que a diplomacia prevaleça, no caso da medida do governo boliviano de legalizar carros roubados no Brasil e levados ao paós vizinho.

“Reciprocidade. Me trate bem que eu te trato bem. Não estamos sendo tratados como devíamos”, analisou o deputado. Rinaldo explica que no dia 20 de outubro o Congresso Nacional realizou uma audiência para abordar a norma 133, do governo boliviano, que legaliza todos os carros no seu País, o que atingiu diretamente o Brasil.

No dia 8 de junho, o governo boliviano autorizou a regularização de carros ilegais no País, por meio de pagamento de tarifa. A taxa para a nova documentação de carro com passado desconhecido varia entre US$ 2 mil e US$ 3 mil. Para o deputado, a medida visa angariar recursos através da violência e da criminalidade praticada em países vizinhos.

De acordo com a Federação Nacional das Empresas de Segurança Privados (Fenaseg), dos 377.250 carros roubados na Brasil, 53% não foram recuperados. O principal destino dos automóveis furtados são os desmanches, ou países como o Paraguai e a Bolívia.

Para o deputado Geraldo Resende, além do óbvio aumento da violência, a instabilidade jurídica vai ser amplificada pela criação deste novo “automóvel híbrido”, regular na Bolívia, mas completamente ilegal no Brasil, Chile, Paraguai e Peru.

“O roubo de carros está intimamente ligado á outros crimes como o trafico de armas e drogas, as conseqüências desta irresponsabilidade podem significar uma onda de violência sem precedentes. O roubo de automóveis é comandado de dentro das cadeias, esses veículos servem, ora como moeda de troca por cocaína, ora como transporte para outras drogas”, alertou o deputado.

Segundo o deputado Rinaldo, os brasileiros são surpreendidos durante visita ao país vizinho. “A pessoa vai a Bolívia visitar alguém ou fazer compra é assaltado. Conheço casos de Campo Grande, de pessoas que perderam os seus automóveis sob a mira de pistola e a família hoje faz tratamento psicológico em detrimento disso”.

Rinaldo explica que a norma estabelecia a regularização de 10 mil veículos em 15 dias, mas foram legalizados 125 mil, segundo dados da audiência pública realizada no Congresso. Ele lembra que paralelo a tudo isso, criou-se uma nova moeda, que seria a troca de veículos por cocaína: “Uma Hilux que custa entre R$ 100 e R$ 120 mil é trocada lá por 5 quilos de cocaína. Um carro de menor valor, por um quilo, e isso traz um caos para o Pais, com entrada desenfreada da cocaína”, relatou.

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