ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 28º

Política

Secretária diz que atendimento no HR "virou um jogo de xadrez"

Mariana Lopes | 17/06/2013 22:15
Secretária diz que atendimento no HR "virou um jogo de xadrez"

Na segunda audiência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, realizada nesta segunda-feira (17), na Assembleia Legislativa de Campo Grande, a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, defendeu que o pronto socorro do Hospital Regional Rosa Pedrossian nunca ficou parado porque malabarismos são feitos para preservar os serviços.

Questionada pelo presidente da comissão, deputado estadual Amarildo Cruz (PT), sobre a privatização do hospital, ela disse que não seria essa a solução. “O problema é a superlotação nas portas de entrada dos hospitais”, apontou Dobashi sobre a vinda de pacientes, inclusive, do interior.

Ela afirmou ainda que a principal demanda da superlotação é de vítimas de acidentes de trânsito, citando inclusive a facilidade na compra de motos, o que aumenta o índice de vítimas. “O Estado triplicou o número de leitos, mas ainda não é o suficiente”, disse.

Sobre o pronto socorro da HR, que está em fase de reforma e ampliação, a secretária disse que virou um “jogo de xadrez”, em referência as manobras que precisam ser feitas para garantir o atendimento. “O pronto socorro está funcionando no ambulatório do hospital, não tem como fechar as portas, por isso deslocamos os setores”, explicou.

Questionada ainda sobre o número de profissionais para atender a demanda, já que o pronto socorro será ampliado, até mesmo em número de leitos, Dobashi afirmou que ainda há um concurso vigente até 2014 e que em outubro deste ano irá abrir outro. Segundo ela, as obras devem ficar prontas até o final deste mês.

Contudo, a secretária ressaltou que o que falta são especialidades, principalmente em cidades do interior do Estado. “Repassamos o recurso para os municípios investirem em especialidades, resolvemos parte do problema, mas não todos”, pontua.

Dobashi citou ainda que são feitos mutirões no interior, mas que ainda assim isso não é suficiente. Ela afirmou que muitos médicos não aceitam participar por não acharem que compensa financeiramente.

Radioterapia – Durante a oitiva, a secretária foi questionada também sobre o setor de radioterapia no Estado, se há previsão para implantar e qual o motivo de o governo estadual investir recurso no Hospital do Câncer, que é privado, e não em um hospital público.

Dobashi respondeu que, em 2012, Mato Grosso do Sul lançou um programa de radioterapia, no qual receberia 7 equipamentos para hospitais do Estado, mas sem prazo para a implantação.

Sobre o Hospital do Câncer, a secretária explicou que o convênio é de R$ 9 milhões, que foram parcelados até 2014, sendo que o Estado repassa mensalmente R$ 250 mil ao hospital.

“Foi uma decisão do Governo, para um atendimento que não tem no Estado, pois desembolsar esse valor integral para investir no setor em um hospital público seria inviável”, disse Dobashi.

Nos siga no Google Notícias