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Política

Secretária diz que rede municipal terá mais vagas integrais em 2018

Ilza Mateus disse que a proposta da educação em tempo integral foi se perdendo ao longo dos anos

Lucas Junot | 07/04/2017 17:40
A audiência ocorreu na Assembleia, proposta pelo deputado Felipe Orro (Foto: Victor Chileno/ALMS)
A audiência ocorreu na Assembleia, proposta pelo deputado Felipe Orro (Foto: Victor Chileno/ALMS)

Em 2018 mais vagas de ensino em tempo integral serão abertas. Pelo menos é o que prometeu a secretária municipal de Educação, Ilza Mateus de Souza, durante audiência pública sobre o tema nesta sexta-feira (6), na Assembleia Legislativa.

De acordo com a secretária, a ampliação do número de escolas em período integral é um dos principais pedidos da comunidade escolar. Projeto que, segundo ela, vem sendo desenvolvido desde janeiro pela Semed (Secretaria Municipal de Educação).

“Acreditamos que em 2018 já poderemos oferecer mais vagas dentro do regime de educação integral, aproveitando as escolas que já contam com uma boa estrutura, mas vamos implantar com muito cuidado, de forma gradativa para que aconteça a adequação necessária”, declarou, mesmo sem mensurar o aumento na oferta de vagas.

Como encaminhamento do debate, uma comissão irá elaborar um documento reunindo as propostas apresentadas na audiência e que deverá ser encaminhado às autoridades do setor na tentativa de buscar apoio no processo de implantação do tempo integral nas escolas que oferecem o ensino fundamental.

“É um projeto que deve ser compartilhado entre a comunidade escolar, profissionais da Educação e escolas, pois ele deve ser avaliado em todos os aspectos”, disse Ilza.

Ela lembrou ainda que, em 2009, a prefeitura implantou as duas primeiras escolas de tempo integral: Professora Maria Vicente, no bairro Rita Vieira e Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, no bairro Paulo Coelho Machado. Cada unidade conta com 600 alunos divididos em 21 turmas que abrangem da Educação Infantil até o 5º ano do ensino fundamental. As aulas acontecem das 7h30 às 16 horas.

Já zona rural são três unidades: Escola Agrícola Arnaldo Estevão de Figueiredo (Ensino Fundamental e Ensino Médio), Barão do Rio Branco (1º ao 9º) e Leovegildo de Melo (1º ao 5º). Juntas, as unidades atendem mil alunos.

Além das escolas, os 99 Ceinfs (Centros de Educação Infantil) da Reme, que segundo a secretária, também oferecem ensino, hoje atendem mais de 16 mil alunos.

Apesar da boa estrutura física das escolas de tempo integral, com quadras poliesportivas, laboratórios, biblioteca e salas multisseriadas, a secretária Ilza Mateus disse que as equipes da Semed estão trabalhando na reformulação do projeto pedagógico dessas unidades.

“A proposta foi se perdendo um pouco ao longo dos anos e não está sendo operacionalizada da forma como foi implantada, por isso os técnicos estão estudando mudanças que serão implantadas nos próximos três anos de gestão”, completou Ilza Mateus.

A superintendente de Políticas Educacionais da Reme, Carla Britto, explicou que há um acompanhamento técnico-pedagógico em todas as unidades da Reme e que o novo projeto em estudo visa buscar a autonomia do aluno, frente ao processo de aprendizagem.

Além das alterações no projeto pedagógico, a implantação do tempo integral em outras escolas que tenham salas ociosas também faz parte dos projetos futuros da Semed.

Proposta pelo deputado estadual Felipe Orro (PSDB), autor da emenda à Constituição Estadual que prega a transformação progressiva das escolas de ensino fundamental do Estado em tempo integral, a audiência contou ainda com representantes de entidades e instituições ligadas à Educação.

Também participaram da audiência, o senador Pedro Chaves (PSC-MS) e o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli.

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