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Política

Secretário de Saúde anuncia mudança na direção do Hospital Regional

Segundo governador, alterações não têm relação com operação do Gaeco, que, no fim de 2018, apontou fraudes em licitações

Mayara Bueno e Izabela Sanchez | 08/01/2019 12:44
Secretário de Saúde de MS, Geraldo Resende, durante entrevista à imprensa nesta terça-feira (dia 8). (Foto: Izabela Sanchez).
Secretário de Saúde de MS, Geraldo Resende, durante entrevista à imprensa nesta terça-feira (dia 8). (Foto: Izabela Sanchez).

O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, afirmou que o Hospital Regional, em Campo Grande, terá mudanças de direção. A partir desta medida, acrescenta, a ideia é fazer com que a instituição de saúde retome o “papel” de referência na alta complexidade do Estado.

“Nós estamos construindo uma direção que passou pelo crivo do próprio corpo clínico do hospital”, afirmou o titular nesta terça-feira (dia 8). Geraldo não citou nomes, mas disse que serão “dois colegas na direção e na presidência e outro para ser diretor técnico e também um auditor da Secretaria de Saúde para ser o diretor financeiro do hospital”.

Para o secretário, a partir das mudanças, uma discussão poderá ser feita a respeito da missão do Hospital Regional. “O HR, ao longo do tempo, perdeu um pouco de seu papel, que deveria cumprir, por exemplo, a gente não sabe qual o tipo de referência tem, qual atendimento podemos ter lá”.

Com a reavaliação dos quadros e situação da instituição, o hospital poderá “avançar” para se tornar um local de referência de cirurgia cardíaca, atendimento de ortopedia, entre outros. O titular não definiu data para anunciar os nomes.

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou, quando indagado, que as mudanças no quadro do Hospital Regional, não tem, “necessariamente”, relação com a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), deflagrada em 30 de novembro de 2018, que mirou fraude em licitações do hospital.

“Nós não fazemos pré-julgamento e condenação de ninguém. Já era uma ideia do próprio Justiniano [diretor do HR, Justiniano Vavas]. Inicialmente, ele ficaria dois anos, ficou quatro”. A respeito da ação policial, o então diretor está se defendendo, afirma o governador. “São várias pessoas que foram acusadas e já era prevista esta reestruturação no HR. O Geraldo tem autonomia de compor a nova equipe”.

Carga horária e falta de medicamento - O novo secretário foi questionado sobre situações recentes envolvendo o Regional, como suicídio de uma enfermeira e consequente denúncia de carga horária exaustiva, além de falta de medicamentos no HR. “Eu estou chegando, estou tomando pé da situação”. A respeito da profissional, o titular disse que “ela tinha outros problemas”.

Sobre medicamentos, Geraldo reconhece que não deveria “faltar nenhum, ainda mais em uma área tão crítica quanto a área de oncologia”.

A respeito do paciente que trata câncer, cuja medicação faltou, o secretário disse que o caso foi resolvido no mesmo dia. “Arrumamos emprestado o medicamento para ela fazer a oitava sessão de quimioterapia. A imprensa não sabe, mas as sete outras foram feitas pelo Hospital Regional. A imprensa, às vezes, pinça informações e não vê o contexto geral que o hospital está fazendo de bom para o usuário do SUS [Sistema Único de Saúde] do Mato Grosso do Sul”.

O secretário disse, ainda, que vai acionar judicialmente a empresa que venceu processo licitatório, cujo nome não foi revelado. “Venceu o processo licitatório e não sei porque não entregou aquilo que se comprometeu a fazer”.

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