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Política

Senadores apresentam impactos do "tarifaço" a congressistas americanos

Durante todo o dia, a missão oficial terá reuniões com parlamentares democratas e republicanos dos EUA

Por Fernanda Palheta | 29/07/2025 09:09


RESUMO

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No segundo dia da missão oficial em Washington, senadores brasileiros se reunirão com autoridades americanas para discutir a tarifa de 50% imposta aos produtos do Brasil. A comitiva, liderada pelo senador Nelsinho Trad, busca abrir diálogo e construir relações entre os parlamentos dos dois países. Os senadores já se encontraram com embaixadores e líderes do setor privado dos Estados Unidos, visando pressionar pela suspensão da tarifa, que pode causar prejuízos de até R$ 175 bilhões em dez anos. A comissão é composta por senadores de diferentes partidos, incluindo Tereza Cristina e Jaques Wagner.

No segundo dia da missão oficial para somar esforços na negociação do 'tarifaço' de 50% imposto aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos, os senadores brasileiros terão o primeiro contato com autoridades americanas. Durante a manhã e à tarde desta terça-feira (29), a comitiva se reunirá com congressistas democratas e republicanos em Washington.

As reuniões serão a portas fechadas e restritas aos oito senadores. Líder da comitiva, o senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad (PSD), explica que a estratégia dos brasileiros é mostrar os impactos das tarifas na economia de ambos os países.

"Aqui estão o estado que ele representa e os 10 produtos importados que têm relação com o Brasil. Também há um panorama dos estados que têm mais negócios com o Brasil, com as implicações do perde-perde que essa medida acarreta. Essa será a dinâmica com todos os parlamentares: cada parlamentar identificado receberá a aplicação dessa medida no estado que representa. Dessa forma, com esse conteúdo, entendemos que, racionalmente, ele poderá ser convencido de que se trata de uma medida de perde-perde", detalhou.

Os senadores brasileiros ainda vão entregar um convite para que os congressistas visitem o Brasil. "Nós vamos entregar para ele um convite feito através de uma carta onde ele possa ir ao Brasil e conhecer a realidade que nós estamos mostrando", justificou. O primeiro parlamentar visitado pelo grupo foi o senador democrata do Novo México, Martin Heinrich.

Os nomes dos demais congressistas americanos não foram divulgados por esse ser o momento mais sensível das agendas do grupo. O deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL), criticou abertamente a iniciativa do Senado em criar a comissão e ameaçou boicotar o movimento.

“Essa missão é o primeiro passo de uma reaproximação institucional entre os parlamentos do Brasil e dos Estados Unidos. A gente sabe que não é aqui que vamos resolver o problema das tarifas, mas viemos mostrar que o Senado brasileiro está disposto a abrir o diálogo e construir pontes”, afirmou o senador Nelsinho Trad (PSD), que lidera a comitiva.

Nesta segunda-feira (27), os senadores se reuniram com os embaixadores brasileiros e lideranças do setor privado norte-americano para pressionar pela suspensão das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O objetivo é conseguir o apoio dos empresários para uma manifestação conjunta da Câmara de Comércio Americana, pedindo ao governo dos EUA o adiamento da tarifa. A justificativa é que a medida afeta a previsibilidade das empresas — inclusive americanas — e coloca em risco cadeias produtivas.

A tarifa, que atinge diretamente exportações brasileiras de produtos como aço, alumínio, alimentos e manufaturados, pode gerar prejuízos de até R$ 175 bilhões em dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

“Não viemos com bandeira ideológica, viemos com dados e responsabilidade. O ‘não’ nós já temos, viemos correr atrás do ‘sim’”, disse Trad, após encontro com executivos da Cargill, ExxonMobil, Johnson & Johnson, Caterpillar, entre outros.

Além do senador Nelsinho Trad, a comissão tem entre os titulares os senadores Tereza Cristina, Jaques Wagner (PT-BA) e Fernando Farias (MDB-AL). Os suplentes são Marcos Pontes (PL-SP), Esperidião Amin (PP-SC), Rogério Carvalho (PT-SE) e Carlos Viana (Podemos-MG).

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o grupo viajou para os Estados Unidos com visto de viagem oficial, que proíbe que os senadores aproveitem a estadia para fazerem turismo no país. A autorização de entrada e permanência tem validade até o início de 2027.

Matéria atualizada às 10h58 para acréscimo de informações.

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