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Política

Sindicância apontou irregularidades um ano e meio antes da Carne Fraca

Os indícios foram apresentados ao próprio ministério que afastou o servidor que fez a denúncia

Lucas Junot | 22/03/2017 17:34
UOL teve acesso ao documento do próprio ministério, onde os indícios de irregularidades já estavam apontados (Foto: Reprodução/UOL)
UOL teve acesso ao documento do próprio ministério, onde os indícios de irregularidades já estavam apontados (Foto: Reprodução/UOL)

Documento do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) revela que o órgão tinha indícios da existência de um esquema de fraude na fiscalização de frigoríficos no Paraná desde outubro de 2015, um ano e cinco meses antes de a Polícia Federal deflagrar a Operação Carne Fraca.

De acordo com o Uol, trata-se do relatório com a conclusão de uma sindicância interna para apurar irregularidades denunciadas por Daniel Gouvêia Teixeira, pivô da operação Carne Fraca. Ele teria procurado a Polícia Federal com as informações que desencadearam a operação

Apesar dos indícios que constam no documento, como suspeitos de participar do esquema, o Ministério da Agricultura, segundo o Uol manteve os cargos dos envolvidos e disse que abriu um processo administrativo disciplinar para apurar o caso, mas que esse processo ainda está em tramitação, sob sigilo.

Teixeira teria realizado uma auditoria interna no frigorífico Peccim Agroindustrial Ltda., em 2014, onde encontrou irregularidades, mas ao reportar seus superiores, foi afastado da fiscalização da empresa.

Só um ano depois, em junho de 2015, o Ministério da Agricultura instaurou uma comissão de sindicância para apurar, tanto as irregularidades apontadas por Teixeira, quanto as circunstâncias do seu afastamento.

Produtores - Assim que a operação foi deflagrada, o Campo Grande News repercutiu o impacto na cadeia produtiva da carne no país e, mais especificamente no Mato Grosso do Sul.

De acordo com o presidente do MNP (Movimento Nacional dos Produtores), Rafael Gratão, comprovada a participação do Mapa, o impacto poderá ser muito maior que a crise econômica.

“Caso confirmada a participação do Mapa, além de uma crise, o cenário se desenvolverá para uma grande crise institucional, uma vez que, nós, pecuaristas, já insatisfeitos com a precificação e desvalorização dos animais, passaremos a ser mais atentos e fiscais dos produtos que nós prezamos por produzir”, adverte Gratão.

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