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Política

Sistema proporcional deixa de fora candidatos mais votados

Lidiane Kober | 25/10/2014 11:32
Fábio foi o sexto mais votado em MS, mas ficou de fora da Câmara dos Deputados (Foto: Divulgação/assessoria)
Fábio foi o sexto mais votado em MS, mas ficou de fora da Câmara dos Deputados (Foto: Divulgação/assessoria)

O sistema proporcional que vigora no País para eleição de representantes do povo deixou de fora candidatos mais votados a deputado federal e estadual. Em Mato Grosso do Sul, a regra, por exemplo, tirou o mandato do deputado federal Fábio Trad (PMDB). Apesar de ser o sexto postulante melhor colocado na disputa, com 67.508 votos, ele ficou de fora da Câmara Federal, a partir de 2015.

O parlamentar não foi reeleito em razão do sistema proporcional, que atribui vagas às legendas de acordo com o quociente eleitoral. No caso de Fábio Trad, sua votação foi maior que a dos eleitos Luiz Henrique Mandetta (DEM), que conquistou 57.374 votos; de Márcio Monteiro (PSDB), com 56.441 votos e de Dagoberto Nogueira (PDT), com 54.813 votos.

O pedetista, inclusive, foi diretamente beneficiado com o sistema proporcional pelo fato de Zeca do PT, da mesma coligação, ter sido o mais votado para a Câmara Federal, com 160.556 votos. O petista “puxou” Dagoberto para a Câmara Federal.

O sistema proporcional leva em conta a quantidade de votos do partido ou coligação em relação ao total dos votos válidos no Estado (quociente eleitoral) e não apenas os votos que o candidato teve individualmente.

Supervotações de alguns candidatos, como Celso Russomanno (1,52 milhão de votos), em São Paulo, acabaram provocando o fenômeno de puxar para o parlamento os de baixa votação. Russomanno, por exemplo, elegeu quatro deputados da sua coligação.

Diante da votação expressiva dele, o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB) não foi reeleito, apesar de ter recebido 106,6 mil votos dos paulistas. Logo abaixo dele, também não foram eleitos Ricardo Silva (PDT), com 98,8 mil votos; Luiz Carlos Motta (PTB), 94,9 mil votos; e Netinho de Paula (PCdoB), com 82 mil votos. Por outro lado, Fausto Pinato (PRB), com 22 mil votos, virou deputado.

Em Minas Gerais, não foram eleitos Renato Andrade (PP), com 78 mil votos; Walter Tosta (PSD), com 77,5 mil votos; e Humberto Souto (PPS), com 70,9 mil votos. Mas foi eleita Brunny (PTC), com 45 mil votos, puxada por sua coligação.

Já no Rio Grande do Sul, ficaram de fora José Fogaça (PMDB), com 103 mil votos; e Ronaldo Zulke (PT), com 93,9 mil votos. Mas foi eleito Jose Stedile (PSB), com 60,5 mil votos, puxado por sua coligação, encabeçada por Danrlei de Deus Goleiro (PSD), que alcançou 158,9 mil votos. A situação também ocorreu em outros estados, como Bahia e no Distrito Federal.

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