STF quebra sigilo fiscal de ex-assessora do governo Zeca
O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Giselda Diniz Bueno, ex-assessora da gestão Zeca do PT, e do deputado federal Vander Loubet, que ocupou, à época, a chefia da Casa Civil.
Eles estão envolvidos no processo que investiga crime contra a Administração Pública, a Ordem Tributária e a licitação pública.
Na prática, os dados apurados a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) integrarão investigação do MPF (Ministério Público Federal) sobre irregularidades na gestão de verbas de publicidade entre janeiro de 2003 e dezembro de 2006.
Giselda é apontada pelo MPF como "o braço direito do ex-governador Zeca do PT" nos dois mandatos, que aconteceram entre 1999 e 2006.
As seis investigações abertas para averiguar delitos contra a administração pública foram deflagradas a partir de uma entrevista concedida por Ivanete Leite Martins, ex-coordenadora da subsecretaria de Comunicação.
Em seguida, um livro de capa preta foi apreendido na residência da ex-ordenadora de despesas da Secretaria de Governo, Salete Terezinha de Luca.
Nele, constam os nomes de mais de duzentas pessoas possivelmente beneficiadas por pagamentos mensais, entre agosto de 2004 e abril de 2005.
Durante a entrevista, Ivanete teria esclarecido o modo como, mediante emissão de notas fiscais forjadas relativas a contratos celebrados com agências de publicidade, eram desviadas verbas públicas para o gabinete do ex-governador.
"Para complementação salarial de servidores públicos e de profissionais da imprensa", destaca o despacho do ministro Marco Aurélio Mello.
Ao Campo Grande News, Vander Loubet disse que está colaborando com a Justiça e que já encaminhou todos os documentos solicitados.
"Já está tudo lá, não devo nada, vai ser tudo esclarecido", disse.
