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Política

Suplente de vereador não comenta cassação e diz que aguarda Justiça

Kleber Clajus | 26/04/2015 15:19

O pedido de indiciamento do vereador Alceu Bueno (PSL), por favorecimento à exploração sexual de adolescentes, é considerado por seu suplente, Roberto Santana dos Santos (sem partido), como fato “lamentável”. Em contrapartida, ele aguarda definição sobre renúncia ou cassação para ser confirmado em vaga na Câmara Municipal de Campo Grande.

“Quero me posicionar que é lamentável o que está acontecendo e está na mão da Justiça. Se vier a assumir vamos fazer nosso plano de trabalho, mas não tenho nada a declarar quanto ao Alceu Bueno”, disse ao Campo Grande News.

Caso Bueno não renuncie, como sugerido por sua defesa, ele terá que enfrentar Comissão Processante na Casa de Leis. Isso porque a Mesa Diretora pretende anexar em investigação sobre quebra de decoro o inquérito realizado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que pediu seu indiciamento por “manter relação carnal com menor na forma de exploração”, além de possuir vídeos que comprovam seu envolvimento com duas adolescentes de 15 anos.

Mário César (PMDB), que preside a Câmara Municipal, havia pontuado na semana passada que a processante pode ser iniciada na terça-feira (28). O processo exigirá 20 votos para sua abertura, composição por sorteio de três vereadores, além de ter prazo de 90 dias para as averiguações.

A trama envolvendo Alceu Bueno, marcada por extorsão superior a R$ 100 mil e que desarticulou rede de exploração sexual de adolescentes, pode ainda lhe render detenção de até 10 anos. Ele ainda não depôs sobre o caso em decorrência de “estresse elevado”, o que lhe garantiu atestado médico de 30 dias. Ele já renunciou a presidência do diretório estadual PSL.

Menos votado – Em se confirmando a abertura de vaga, Roberto Santana dos Santos deve superar Waldecy Chocolate (PP) dentre os eleitos, beneficiados por coligação, que conquistaram menos votos nas eleições de 2012.

Natural de Altonia (PR), o líder sindical e técnico de segurança do trabalho conquistou 2.400 votos, ante os 2.508 do progressista. Ele, que atualmente diz estar “sem partido” após passar por PRB e PTC, é formado em teologia e no próximo ano conclui graduação em serviço social, área que o motivou a ingressar na carreira política.

Também conhecido como Betinho, o suplente foi candidato a deputado estadual no ano passado e obteve 2.928 votos.

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