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Política

Suplentes querem esticar passagem pela Câmara e ainda receber salário

Lidiane Kober e Juliana Brum | 11/06/2015 14:04
Durans alega responsabilidade e fala que não pode votar em algo que não acompanhará (Foto: Juliana Brum)
Durans alega responsabilidade e fala que não pode votar em algo que não acompanhará (Foto: Juliana Brum)

Convocados para votar pedido de instalação de Comissão Processante contra o prefeito Gilmar Olarte (PP), suplentes de vereador querem esticar passagem pela Câmara Municipal por 90 dias e, consequentemente, receber salário de R$ 15.031,76 mais verba indenizatória de R$ 8,4 mil. Eles não acham certo apenas votar na hora de instalar o processo, sem poder acompanhar a investigação.

"A Câmara deveria achar uma brecha na lei e rever esta condição votando para que, neste período, fossem 32 vereadores nos dando poder de legislar para que acompanhássemos de perto o trâmite da comissão", disse o suplente de vereador Roberto Durans (PT).

Ele, juntamente com Aldo Donizete (PPS) e Élbio Santos (PT), foram convocados para votar sobre o destino da comissão em substituição aos vereadores Thais Helena (PT), Luiza Ribeiro (PPS) e Marcos Alex (PT), autores do pedido de instalação da Processante. Pelo regimento da Câmara, os proponentes da comissão não podem participar da votação.

Durans entende que não há condições de decidir sobre o futuro da Processante, sem acompanhar os trabalhos. “É falta de responsabilidade”, avaliou. Nesta quinta-feira (11), ele foi à Câmara e levantou a proposta para ampliar o número de vereadores, caso a comissão ganhe o aval de 20 dos 29 parlamentares e seja instalada.

Aldo Donizete também foi à Câmara. A visita dos dois ocorreu diante da possibilidade de o presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB) pautar a votação do pedido de instalação da Processante. A decisão, no entanto, foi mais uma vez adiada devido requerimento apresentado pela oposição, que questiona o coro de 20 votos para a abertura da comissão.

Diante do adiamento, Donizete e Durans foram pedir justificativa. "Sou servidor do Tribunal de Justiça e peguei um dia de afastamento e, por causa do cancelamento, preciso deste documento por escrito que justifica o adiamento, além de comprovar que estive presente na Câmara", explicou Donizete.

Sem chances - Presidente da Casa, Mario César se apressou em descartar a proposta de Durans para ampliar o número de vereadores para 32. "Esta lei é antiga e não há como alterá-la. Apenas se outro vereador achar que deve pedir afastamento para que o suplente assuma e possa acompanhar todo o trâmite da Comissão Processante. Caso contrário, não é possível", afirmou.

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