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Política

Tia de Bernal se diz ofendida e pede demissão de creche da Capital

Professora aposentada estava entre os contratos irregulares questionados pela justiça

Alberto Dias | 03/05/2016 12:29
Prefeito Alcides Bernal justificou esta manhã a contratação de sua tia. (Foto: Alberto Dias)
Prefeito Alcides Bernal justificou esta manhã a contratação de sua tia. (Foto: Alberto Dias)

Diante da polêmica envolvendo denúncia de nepotismo, a tia do prefeito Alcides Bernal (PP) pediu demissão do cargo de educadora que ocupava no Ceinf (Centro de Educação Infantil) do Flamingos, região oeste de Campo Grande. Ofendida, se disse “muito triste com a situação” e justificou seu desligamento alegando não admitir qualquer suspeita de ilegalidade nas atividades que desempenha junto ao Executivo Municipal.

Professora aposentada com mais de 30 anos de experiência, Maria Nely Urbieta Bernal informou sua saída ao prefeito na manhã desta terça-feira (3), após denúncia de leitor que motivou reportagem publicada na tarde de ontem pelo Campo Grande News. Sua admissão constava entre os contratos irregulares da Prefeitura com a Omep e Seleta, questionados pela justiça e alvo de ação proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual) que exige a demissão dos terceirizados.

Questionado esta manhã sobre o caso, o prefeito afirmou não ver problema em ter a tia atuando em uma unidade de ensino do município, desde que desempenhe um bom trabalho. “Ela é séria e comprometida e desenvolve um excelente trabalho no Ceinf. Não é porque tem Bernal no nome que não pode trabalhar”, disse o prefeito, justificando o convite feito por ele para que sua parente trabalhasse na Educação do município.

Entenda o caso - Ontem, um leitor enviou ao detalhes da contratação, afirmando que o nome da tia de Bernal consta na página 1064 do processo em tramitação na 1ª Vara dos Direitos Coletivos e que ela foi contratada em 7 de outubro de 2015, ocupando cargo administrativo, com salário de R$ 3 mil.

Decisão judicial determina o desligamento progressivo de 4.300 contratados pelos convênios assinados pela Prefeitura com a Omep e a Seleta. Nos autos, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 1ª Vara dos Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, pede ainda o detalhamento da lista com os nomes, lotação e salário dos 4.300 contratados pelos convênios assinados.

Segundo o prefeito, 500 pessoas estão na lista de demissões e no caso dos contratos irregulares, em que funcionários fantasmas recebem sem trabalhar, incentiva a punição judicial.

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