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Política

Vereador critica Carnaval e defende que Guarda "desça o cacete" em folião

Falta de segurança durante as festividades causaram polêmica na Câmara e André Salineiro sugeriu “descer o cacete”

Danielle Valentim | 07/03/2019 12:35
Vereador André Salineiro (PSDB) sugeriu que PM use GoPro e "desça o caceete". (Foto: Izaias Medeiros)
Vereador André Salineiro (PSDB) sugeriu que PM use GoPro e "desça o caceete". (Foto: Izaias Medeiros)

O vereador Valdir Gomes (PP) abriu uma polêmica na Câmara dos Vereadores ao defender na tribuna mais investimentos no Carnaval de rua e na Passarela do Samba, no Bairro Lar do Trabalhador. O tema gerou, inclusive, apologia à violência e ataque aos Direitos Humanos.

Em sua fala, Valdir ressaltou a importância do trabalho cultural e geração de renda para o município durante os dias de festa. Segundo ele, o que falta é segurança. “Foram 40 mil pessoas só em 1 dua na Esplanada, só a PM ou guardas municipais não vão resolver o problema. Eu estou cansado de ir para o Carnaval de Corumbá e ver o trabalhos seguranças contratados”, disse.

O parlamentar pontuou a importância da Prefeitura de assumir a realização, organização e investimento no Carnaval. Segundo ele, a falta de divulgação do evento e segurança também espanta a população da região da Praça do Papa, onde está localizada a Passarela do Samba.

“No caso dos desfiles, a Lienca não tem estabilidade para sustentar o carnaval. É inadmissível acabar o carnaval, inadmissível um patrimônio ser acabado. A prefeitura vai ter que investir. Na Esplanada, por exemplo, houve depredação, agora a prefeitura vai ter que arrumar e ninguém foi preso. Onde é o desfile não vai ninguém. A gente desfila pra defunto. A câmara tem comissão de cultura e precisa se posicionar. Chamar a prefeitura e a liga, para fazer uma festa decente”, frisou.

O vereador Valdir Gomes também criticou o horário reduzido imposto pelo TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) acordado entre prefeitura e Ministério Público. Segundo ele, dispersar a multidão nesse horário causa confusão.

“Eu nunca vi carnaval acabar às 22h. Diante de uma multidão daquela não teria outros resultado se não esse. O pior são os vândalos. O que comprova é que faltou segurança privada. Não digo que faltou trabalho da Guarda ou da PM faltou segurança” disse.

O vereador Eduardo Cury (Solidariedade) concordou com a falta de segurança, mas lembrou da crise nacional que fez muitas cidades cancelarem a festa para investir em outros assuntos.

“O carnaval deste ano foi atípico e tivemos poucos investimos devido a uma crise nacional. Vimos o público aplaudindo prefeito que decidiu cancelar o Carnaval, mas uma coisa não pode anular a outra. Carnaval não se discute na véspera, mas o ano todo, não só pra recursos, mas para discussão de organização. Quem mais desfruta são os trabalhadores que não podem viajar. Foi um hiato, não foi culpa do município ou do governo, mas foi nacional”, disse Cury.

Já Wellington de Oliveira (PSDB) ressaltou a falta de respeito para com a Guarda e PM presentes no evento da Esplanada. “A segurança tem de ser planejada, agora, vivemos numa sociedade em que meu direito termina quando começa o seu. Temos que nos colocar no lugar de moradores que tiveram a casa alagada com enchente de urina. Esse é um dos problemas, tivemos apedrejamento contra a PM e Guarda Municipal. Que sociedade é essa que agride quem está ali para defender? Em anos anteriores tinha segurança privada e a gente não pode perder vida durante um momento de festa” disse Wellington.

Mas quem foi muito além nas considerações foi o vereador André Salineiro (PSDB). Ele colocou até os direitos humanos dentro da polêmica. “Que no próximo Carnaval tenha mais investimentos e que se compre uma câmera GoPro pra cada policial, para que se for necessária o uso da força, eles desçam o cacete", recomendou.

Para o parlamentar, é hora de dar um basta "nesse negócio de politicamente correto". "As famílias não aguentam mais. É questão de princípios e valores. Ver cidadão urinando em cidadão. A pena é de seis meses a um ano ou multa. Nem é cidadão é um animal. Se o Direitos Humanos quiser me mandar repúdio pode mandar. Eu recebo vários e eu deixo lá no banheiro pra quando falta o papel higiênico”, disse.

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