Vereador pede ao TJ devolução de celular apreendido e cópia de perícia
O vereador Eduardo Romero (PT do B) solicitou ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) a devolução do seu celular, apreendido pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) durante a Operação Coffee Break no último dia 25 de agosto. Além do aparelho, Romero também solicitou a cópia das transcrições do material obtido pela perícia, assim como o vereador Airton Saraiva (DEM).
O vereador Eduardo Romero justificou o pedido alegando que diante da conclusão da perícia não há necessidade do aparelho permanecer aos cuidados da autoridade judicial. Usando como base decisão que garantiu a devolução do celular, bem como o fornecimento do laudo pericial, ao vereador Otávio Trad (PT do B), no último dia 12.
Já o vereador Airton Saraiva solicitou cópia do laudo pericial, que segundo o documento, resultou em 492 páginas. Conforme o despacho o laudi já foi entregue pelo promotor Marcos Alex Vera de Oliveira à defesa de Saraiva.
Olarte – A defesa do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) também entrou com pedido para ter acesso ao relatório da perícia feita em seu celular. O advogado de Olarte, Jail Azambuja, alega que trechos podem ser utilizados na defesa de Olarte.
Apreensões -Tiveram os celulares apreendidos as 13 pessoas que foram conduzidos coercitivamente ao Gaeco para prestar depoimento no dia 25 de agosto, além dos vereadores Flávio César, Otávio Trad e Eduardo Romero, todos do PT do B.
Os que foram levados para prestar depoimento ao Gaeco foram os vereadores Mário César, Edil Albuquerque e Paulo Siufi (todos do PMDB), Airton Saraiva (DEM), Waldeci Batista Nunes, o “Chocolate” (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), Edson Shimabukuro (PTB) e Jamal Salem (PR), o ex-vereador Alceu Bueno (sem partido), e os empresários João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, Fábio Portela Machinsky e João Roberto Baird, proprietário da Itel Informática.
O prefeito afastado Gilmar Olarte também teve o celular apreendido. Como no dia da Operação ele não foi localizado, o aparelho foi entregue pelo então procurador jurídico do Município, Fábio Leandro, só que sem o chip e bloqueado.
Os dados extraídos dos 17 celulares apreendidos na da Operação Coffee Break ocupam cerca de 400 mil páginas, de acordo com informações do IC (Instituto de Criminalística). A Operação Coffe Break investiga compra de votos dos vereadores, para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP) em março do ano passado.