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Política

Zeca do PT inicia campanha pelo interior

Redação | 12/01/2009 10:53

Ao lado da esposa Gilda dos Santos, o ex-governador Zeca do PT pegou a estrada e deu largada no final de semana à campanha pelo interior de Mato Grosso do Sul. Apesar de sair em busca de apoios à candidatura para presidente do diretório estadual do partido, de tabela, a peregrinação também serve para fortalecer os planos de disputa pelo governo estadual em 2010.

Zeca estabeleceu a conquista da presidência como condição pessoal para sair candidato. "Tenho de ser presidente para liderar as negociações", justificou o ex-governador em entrevista exclusiva ao Campo Grande News.

Na defensiva diante a atual direção do partido, Zeca manda recado ao grupo formado pelo senador Delcídio Amaral, pelo deputado federal Antonio Biffi e pelos estaduais Pedro Teruel e Amarildo Cruz (atual presidente do PT/MS).

"Eles devem em parte a mim o mandato que têm. Deveriam dizer: ta aqui (a presidência), não vai haver disputa", defende. Já não é novidade a disputa entre aliados de Zeca e de Delcídio. A permanência do grupo do senador no diretório estadual pode ser um risco às pretensões do ex-governador.

"Tenho humildade, não estou impondo nada, respeito a decisão que vier, mas se não levar o diretório, tô fora", completa. Segundo ele, a decisão do partido não deve levar em conta "merecimentos", e sim "estratégia". Na avaliação dele, é mais fácil o próprio candidato negociar alianças para 2010 do que alguém com mandato abrir portas em outros partidos.

Em agosto do ano passado, também com exclusividade, Zeca anunciou durante visita à região das Moreninhas que estava disposto a enfrentar o governador André Puccinelli em 2010, apesar dos comentários anteriores apontarem para o interesse dele pelo Senado.

"Não quero ser deputado e não me atrai essa idéia de ser senador, de ir para Brasília, para um parlamento desgastado", argumenta agora.

Partida - Nos últimos dias, Zeca e a esposa passaram por cinco municípios. A rodada começou pela terra natal: Porto Murtinho. Nas eleições deste ano, a derrota de Heitor Miranda (PT) pela prefeitura, irmão do ex-governador, foi considerada o pior resultado político para Zeca.

"Não fomos derrotados. A Justiça vai cassar a prefeitura, porque eles venceram por 300 votos, fruto de sacolão", ataca Zeca, apostando em decisão do TSE contra o prefeito eleito Nelson Cintra (PSDB), acusado de compra de votos.

Depois, o petista passou por Caracol, Bela Vista, Jardim, Guia Lopes e hoje está em Bonito. Durante as andanças também esteve em assentamentos, em cada parada ele diz apresentar alguns pontos a "amigos", petistas e membros dos diretórios municipais.

"Em primeiro lugar digo que não me interessa disputa pelo Senado. Em segundo, que estou disponível e em terceiro lugar falo que preciso ser presidente para liderar as negociações".

Tiro no pé - Ele também defende a rejeição à alianças políticas com o PMDB e PSDB. "

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