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Há avanços também em vacinas contra câncer e Aids

André Mazini | 09/04/2021 07:40

Além de toda evolução registrada nos últimos meses na busca por vacinas contra a Covid19, a comunidade científica tem recebido com entusiasmo os resultados positivos alcançados em imunizantes contra outras duas doenças: Aids e Câncer. Ambas ainda precisam de estudos e testes até que estejam disponíveis à população, mas os resultados são animadores.

O medicamento contra o câncer, que teve dados publicados no último dia primeiro de Abril, vem de uma pesquisa da Universidade de Harvard que mostrou resultados positivos em um imunizante projetado para combater o melanoma, considerado a mais letal forma de câncer de pele. O estudo, iniciado há quatro anos, provou que a vacina mantêm seus efeitos no sistema imunológico mesmo anos após a injeção.

A etapa da pesquisa publicada há poucos dias contou com a participação de oito pacientes que removeram o melanoma por meio de cirurgia, mas ainda enfrentavam alto risco de recorrência. Todos receberam a vacina experimental e em 100% deles a resposta imune induzida pela vacina persistiu por anos, o que é uma excelente notícia.

Para o professor de medicina de Harvard e um dos líderes do estudo, Patrick Ott, apesar de ainda haver desafios a serem superados pelos pesquisadores, a viabilização do imunizante “será dentro de poucos anos”. O anúncio foi feito na revista The Harvard Gazette.

Além desse avanço no tratamento do câncer, o mês de abril trouxe outra importante novidade científica, dessa vez em relação ao combate à Aids. Fruto de uma parceria entre o Scripps Research Institute, nos Estados Unidos, e a Iniciativa Internacional pela Vacina da Aids (Iavi), uma vacina inédita contra o HIV apresentou resultados promissores em estudo de fase 1.

Nesta primeira etapa da pesquisa, entre os 48 adultos saudáveis que receberam o imunizante, os anticorpos foram observados em amostras sanguíneas de 97% dos voluntários. Trata-se de uma grande notícia, especialmente às aproximadamente 38 milhões de pessoas que convivem atualmente com o vírus, segundo dados do UNAIDS, programa das Nações Unidas criado em 1996 com a função de fomentar soluções que ajudem países no combate à AIDS.

As recentes pesquisas são mais uma prova da relevância humanitária de se investir em ciência, tecnologia e inovação. Torçamos para que, assim como a vacina contra a Covid19 já se tornou uma realidade, vacinas contra outras doenças tão graves como câncer e Aids também cheguem ao acesso da população de forma ampla.

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