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Economia

Produtores pedem reavaliação de estudos sobre o Código Florestal

Priscilla Peres | 15/08/2014 19:19

Produtores rurais do Pantanal solicitaram ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) uma reunião para tratar dos cálculos econômicos relativos à nota técnica apresentada pela Embrapa Pantanal. O documento vai nortear a regulamentação do Cadastro Ambiental Rural e a porcentagem de supressão vegetal na planície, atendendo ao artigo 10 do novo Código Florestal Brasileiro.

Representantes do Sindicato Rural de Corumbá, da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e da Unipan (União dos Pantaneiros da Nhecolândia) participaram do encontro promovido pelo Imasul e Embrapa Pantanal ontem. De acordo com os produtores, a Embrapa apresentou uma nova versão da nota técnica, porém sem levar em conta os dados econômicos compilados pelo pesquisador Urbano Gomes Pinto Abreu.

O presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Aguiar Leite, disse que os cálculos econômicos, assim como os ecológicos detalhados pelo corpo técnico da Embrapa nesta nova apresentação, são fundamentais para se estabelecer, criteriosamente, as regras e sistemas para o uso da terra no Pantanal em cumprimento ao Código Florestal, cuja lei, nº 12.651, foi sancionada em maio de 2012.

“Nosso objetivo é chegar a um consenso entre os cálculos ecológicos e econômicos para que se defina uma porcentagem ideal para a supressão vegetal, de modo que mantenha a conservação do Pantanal, garantida por mais de dois séculos pelos pantaneiros, e viabilize a atividade bovina”, explicou o dirigente ruralista.

Para o representante da Famasul, Ruy Fachini, a participação do produtor na discussão e definição das novas normas de exploração econômica do Pantanal é fundamental, assim como as instituições ambientais e outros segmentos da sociedade. “O pantaneiro está ali há mais de 270 anos e espera ser reconhecido. Se 85% do Pantanal está preservado deve-se a consciência desse produtor”, disse Fachini.

Ficou definido, após o debate na Embrapa Pantanal, que o índice econômico recolhido pela instituição será reavaliado em reunião do Imasul com técnicos da Famasul, Unipan e Sindicato Rural de Corumbá na segunda-feira (18). Os indicadores, segundo Luciano Leite, não podem ser descartados e permitirão os ajustes de forma a manter a sustentabilidade ecológica e também econômica do bioma. (Com informações da Famasul)

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