ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Etapa de vacinação contra a febre aftosa custará pelo menos R$ 26,6 milhões

Bruno Chaves | 30/04/2014 17:08
Campanha de vacinação foi lançada na Embrapa nesta quarta-feira (Foto: Alessandro Martins)
Campanha de vacinação foi lançada na Embrapa nesta quarta-feira (Foto: Alessandro Martins)

Foi lançada, nesta quarta-feira (30), a campanha de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso do Sul. Animais que ficam nas regiões do Planalto e Pantanal do Estado podem ser vacinados a partir de amanhã (1º). Nesta etapa, o investimento dos produtores para manter o gado livre da febre aftosa será de, no mínimo, de R$ 26,6 milhões, considerando que cada dose da vacina está cotada entre R$ 1,40 e R$ 1,50.

Animais de todas as faixas etárias têm que ser vacinados. Com isso, o Estado deve manter o status livre de febre aftosa. Conforme entendimento da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal), o Planalto e o Pantanal de Mato Grosso do Sul mantêm esse reconhecimento desde 2008 e a região da fronteira desde 2011.

Estabelecido pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), o calendário de vacinação é diferenciado nas três regiões do Estado. Na fronteira, o processo teve início no dia 1º de abril e terminará no dia 15 de maio. No Planalto, a vacinação está liberada entre os dias 1º e 31 de maio. Já no Pantanal, o produtor pode optar por vacinar o rebanho em dois períodos: de 1º de maio a 15 de junho ou de 1º de novembro a 15 de dezembro.

As datas foram definidas pela Iagro após estudos epidemiológicos das diferentes regiões de fronteira. O pecuarista que não cumprir a determinação, embasada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), pode ser autuado e ter a ficha sanitária bloqueada, o que impede o trânsito de animais dentro e fora do Estado, incluindo comércio.

Manter o Estado dentro da sanidade animal é extrema importância para o agronegócio brasileiro. “O status sanitário é fundamental para a manutenção e conquista do mercado externo. O produtor de Mato Grosso do Sul está absolutamente consciente dessa norma e vai ajudar a manter o Estado com 99% de cobertura vacinal”, disse o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado), Eduardo Riedel.

Aproximadamente 19 milhões de animais devem ser vacinados nesta etapa da campanha (Foto: Alessandro Martins)
Aproximadamente 19 milhões de animais devem ser vacinados nesta etapa da campanha (Foto: Alessandro Martins)
Animais de todas as idades devem ser vacinados para manter Estado com status livre da febre aftosa (Foto: Alessandro Martins)
Animais de todas as idades devem ser vacinados para manter Estado com status livre da febre aftosa (Foto: Alessandro Martins)

Para o presidente da federação, o espaço que o Brasil conquistou no mercado da mundial da carne é memorável. Atualmente, 150 países consomem a carne produzida no Estado e mais dois estão em negociação, sendo que a maior importadora do alimento de Mato Grosso do Sul é a Rússia, seguida de Hong Kong e do Chile.

“Essa conquista foi dura e difícil. O País passou por ajustes que envolveram técnicos, produtores, frigoríficos, governos e outros. Esse status é importante para a economia brasileira e Mato Grosso do Sul é um ator importante nesse cenário, já que tem um rebanho formado por aproximadamente 21,5 milhões de cabeças”, disse.

Já o chefe da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Gado de Corte, Cleber Oliveira, ressaltou que Mato Grosso do Sul é pioneiro na cadeia produtiva de gado de corte. “Com o avanço das tecnologias, nos últimos 10 anos, conseguimos reduzir a média de idade em abate de 36 a 46 meses para 24 meses. Com a vacinação, em MS, vamos continuar produzindo a melhor carne do Brasil e até do mundo”, afirmou.

Presidente da Famasul (esquerda) e chefe da Embrapa (direita) durante lançamento da campanha (Foto: Alessandro Martins)
Presidente da Famasul (esquerda) e chefe da Embrapa (direita) durante lançamento da campanha (Foto: Alessandro Martins)

Informações econômicas – Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que o rebanho bovino do Estado, em 2012, era de 21.498.382 cabeças. Os números colocam Mato Grosso do Sul como o quarto maior produtor de gado de corte do Brasil, perdendo apenas para Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás.

Com tamanha produção local, o Estado se consolidou, no ano de 2013, como segundo brasileiro a no volume de abates de bovinos. Conforme levantamento do Departamento Econômico da Famasul, 4,12 milhões de animais foram abatidos nas três regiões em 2013, o que representa 12% no cenário local.

Entre março de 2013 e março de 2014, as exportações de carne bovina in natura do Estado somaram 157 mil toneladas. No mesmo período, as negociações dos frigoríficos brasileiros mandaram 1,324 milhão de toneladas para o exterior.

Nos siga no Google Notícias