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Economia

Produtor investe na pitaya e incentiva grupo a apostar na fruta em MS

Gabriel Maymone | 06/08/2017 10:15
Produtores de Figueirão se interessaram em cultivar a pitaya (Foto: Divulgação)
Produtores de Figueirão se interessaram em cultivar a pitaya (Foto: Divulgação)

Conhecida como fruta dragão por causa da sua casca irregular, a pitaya começa a ganhar destaque em Mato Grosso do Sul, pelos benefícios à saúde e por auxiliar quem deseja emagrecer. A fruta tem baixo teor calórico, ajuda o organismo a queimar açúcar e gordura, transformando tudo em energia.

No Brasil, ainda são poucas as regiões que investem na cultura da pitaya, que é comercializada entre R$ 30 a R$ 60 o quilo, mas essa realidade pode mudar em breve. Um grupo de produtores de Figueirão – distante 226 quilômetros de Campo Grande – participaram ontem (05), de encontro para aprender questões técnicas que envolvem o cultivo da fruta.

Tudo começou com o pecuarista Gervásio José Graeff, que decidiu diversificar e se interessou na pitaya. “Conheci a fruta há 10 anos, quando visitei o mercadão de São Paulo e me interessei, mas não dá para começar a produzir assim, sem conhecimento técnico”, disse.

Foi no ano passado que Gervásio conseguiu concretizar seu sonho ao se inscrever no Programa de Assistência Técnica e Gerencial Hortifrúti Legal, do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), onde recebeu orientações e começou a produzir o fruto.

Para se ter uma ideia do que é possível, a primeira produção de Gervásio, no final do ano passado, foi de 180 quilos. “Comercializei na média de R$ 30 o quilo. Estou muito satisfeito”, disse o produtor, que irá ampliar a área de produção. “Acredito que em 2017 terei uma produção muito boa”, pontua.

Cores e formato da casca fizeram fruta receber apelido de "fruta dragão" (Foto: Divulgação)
Cores e formato da casca fizeram fruta receber apelido de "fruta dragão" (Foto: Divulgação)

Ele se deu tão bem que os outros produtores da região ficaram interessados em saber sobre a produção da pitaya. “Tem se mostrado um fruto com grande potencial, devido a sua rusticidade e alto valor agregado. Os produtores assistidos estão enxergando na cultura da pitaya uma grande possibilidade de aumento e diversificação de renda”, explica o Coordenador do Programa Hortifruti Legal, o engenheiro agrônomo Francisco Pereira Paredes Junior.

O engenheiro explica ainda que a margem de lucro do produtor é excelente. “Em alguns casos o custo representa 25% do lucro com as vendas”, informa.

Para Francisco, o motivo para a produção da pitaya ainda ser tão pequeno no Brasil é o desconhecimento da população sobre o fruto. “Seu sabor é suave e agradável, apesar da sua aparência pouco chamativa. Além disso, existem estudos sobre seu benefício no controle do colesterol e até mesmo da hipertensão”, ressalta.

Um dos responsáveis pelo encontro, José Ferreira, mobilizador do Senar pelo Sindicato Rural de Figueirão, acredita que outros produtores da região devem aderir à nova cultivar. “Parece que produz bem nessa região. São 20 produtores do projeto que fizeram a visita. É algo novo”.

Sobre a pitaya - “É docinha, mas é um gosto diferente, não é parecido com nenhuma outra fruta, é só dela mesmo”. Assim José Ferreira descreve a fruta que, segundo ele, tem textura similar a do melão e pera.

Além do sabor doce, a pitaya tem propriedades medicinais, pois ajuda a melhorar a gastrite, previne contra o câncer de cólon e até mesmo contra o desenvolvimento de diabetes.

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