Com 5 mil confirmações no ano, MS vive pico de dengue no último mês
Estado tem 5.430 casos confirmados e 12 mortes; Jateí lidera ranking com maior incidência segundo a SES
Mato Grosso do Sul ultrapassou a marca de 13 mil casos prováveis de dengue em 2025, conforme aponta boletim epidemiológico divulgado pela SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul). Até o fim de maio, foram 13.862 notificações da doença, das quais 5.430 casos foram confirmados.
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Mato Grosso do Sul registrou 13.862 notificações de dengue até maio de 2025, com 5.430 casos confirmados. O último mês apresentou um pico significativo, com 4.527 casos prováveis em quatro semanas epidemiológicas, superando os números do mesmo período em 2024. A doença já causou 12 óbitos no estado em 2025, com vítimas entre 8 e 88 anos. Jateí lidera o ranking de incidência com 9.676,5 casos por 100 mil habitantes, enquanto 50 dos 79 municípios apresentam alta incidência. A capital Campo Grande mantém baixa incidência, com 496 casos prováveis.
As últimas quatro semanas epidemiológicas (da semana 19 a 22 - no mês de maio) foram as que mais registraram casos prováveis da doença. Juntas, elas somam 4.527 casos prováveis. Em 2024, o número foi de cerca de 3 mil casos no mesmo período.
Apesar de o número ser menor que os registrados nos dois anos anteriores, em 2023, o Estado somou mais de 41 mil casos confirmados, e em 2024, mais de 16 mil.
Até o momento, 12 pessoas morreram por dengue em Mato Grosso do Sul em 2025, conforme dados atualizados até o fim de maio.
As vítimas tinham entre 8 e 88 anos e viviam em municípios como Três Lagoas, Dourados, Nova Andradina, Aquidauana e Ponta Porã. A maioria era idosa e do sexo feminino, e em pelo menos quatro casos havia registro de comorbidades como hipertensão e diabetes. Apesar da redução no número absoluto de casos em relação a anos anteriores, a taxa de letalidade aumentou para 0,22%, a mais alta desde 2020, o que acende um alerta para a gravidade dos casos registrados neste ano.
Incidência - A taxa de incidência da dengue representa o número de casos por 100 mil habitantes e é um dos principais indicadores para medir a disseminação da doença. Em 2025, Mato Grosso do Sul apresenta uma incidência média de 502,8 casos prováveis por 100 mil habitantes, mas esse índice varia drasticamente entre os municípios.
Jateí lidera o ranking com uma incidência de 9.676,5 casos por 100 mil habitantes, seguido por Figueirão e Água Clara, que também superam os 4 mil casos por 100 mil. Ao todo, 50 dos 79 municípios do Estado estão classificados com alta incidência, ou seja, com mais de 300 casos por 100 mil habitantes.
A capital, Campo Grande, aparece com 496 casos prováveis e incidência de 55,2 por 100 mil habitantes, enquadrando-se entre os municípios com baixa incidência. Outros municípios na zona 'verde' com baixa incidência são Dourados, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Nova Alvorada do Sul e Guia Lopes da Laguna.
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Redução de casos - Em 2022, o estado confirmou 21.328 casos, número que dobrou no ano seguinte. Agora, a redução para 5.430 confirmações até maio representa um avanço das ações de controle, mas a manutenção de milhares de casos sob investigação evidencia que o risco segue presente em todas as regiões.
Os “Casos prováveis” englobam confirmados, investigados e ignorados — ou seja, pacientes que procuraram atendimento com sintomas compatíveis e ainda aguardam definição do diagnóstico.
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