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Saúde e Bem-Estar

Há pessoas que passam a vida sofrendo com 45 dentaduras que nunca deram certo

Dr. Diogo Coelho fala de cuidados, desafios e soluções para quem já passou dos 60 e quer ter saúde bucal

Conteúdo de Marca - Dr. Diogo Coelho | 26/05/2025 06:30

A saúde bucal é parte essencial do envelhecimento com qualidade de vida. E foi exatamente isso que o dentista e especialista em implantodontia Dr. Diogo Coelho compartilhou em sua entrevista ao podcast 60+, onde detalhou os cuidados, os desafios e as soluções mais modernas para quem já passou dos 60, e quer viver bem, sorrindo com segurança.

Passado importa, mas presente é decisivo

Dr. Diogo começa explicando que, mais importante do que ter completado 60 anos, é como a pessoa chegou até essa fase. Se teve bons hábitos de higiene, alimentação equilibrada, acesso a água fluoretada e visitas regulares ao dentista, certamente chega com vantagem. talvez até com todos os dentes naturais intactos. Mas mesmo para quem não teve esse histórico ideal, ele garante: "tem solução, sim".

Ao longo da conversa, Dr. Diogo traça um retrato claro do público 60+: há quem tenha todos os dentes naturais, quem já perdeu alguns e quem depende de próteses. Para cada um desses perfis, a odontologia moderna oferece caminhos possíveis, da manutenção com escovação correta e consultas regulares até implantes que restauram completamente a mastigação, a estética e a autoestima.

Implantes: liberdade para sorrir (e viver)

Um dos trechos mais impactantes da entrevista foi quando o dentista compartilhou um caso emblemático: uma paciente que chegou à clínica com um carrinho de feira contendo 45 dentaduras que "nunca funcionaram". O motivo? Falta de estrutura óssea na mandíbula. Casos como esse mostram que, muitas vezes, insistir em dentaduras móveis pode sair mais caro, emocional e financeiramente, do que investir em uma prótese fixa com implantes.

“A liberdade de sorrir sem medo, de comer uma maçã crocante ou uma castanha sem desconforto, muda a vida de uma pessoa. Muda mesmo", disse ele. “Tenho pacientes com mais de 90 anos que decidiram colocar implantes e hoje dizem: foi a melhor decisão que tomaram.”

A entrevista também alerta para conexões importantes: doenças periodontais (da gengiva) estão relacionadas a riscos cardiovasculares, como infartos e endocardite bacteriana. Isso porque inflamações na boca podem espalhar bactérias pela corrente sanguínea. “Parece simples, mas muita gente ainda não percebe que gengivite mal tratada pode parar no coração”, alerta Dr. Diogo.

Além disso, hábitos como fumar, consumir álcool em excesso e usar dentaduras mal ajustadas aumentam o risco de câncer bucal, especialmente no lábio inferior, por conta da exposição solar.

Rotina é o segredo: cuidados diários e visitas ao dentista

Para quem quer manter ou recuperar a saúde bucal aos 60+, a receita inclui: escovação adequada (sem força excessiva), uso de fio dental, higiene de próteses com antissépticos específicos e visitas periódicas ao dentista, mesmo sem sintomas. “Implante não é um ‘libera geral’. Sem manutenção, o risco de infecção e perda é real”, pontua.

Ele ainda destaca a importância de observar alterações na gengiva e na saliva. Gengiva retraída, boca seca (xerostomia) e tártaro excessivo são sinais de que algo precisa de atenção.

O impacto da saúde bucal vai muito além do sorriso. A falta de dentes ou uma dentadura mal ajustada faz com que idosos evitem alimentos duros e optem por opções mais macias, geralmente ultraprocessadas e cheias de açúcar. “Isso leva ao diabetes, colesterol alto, doenças cardiovasculares... A saúde começa na boca”, explica o dentista.

Ao final da conversa, Dr. Diogo é enfático: “Seja com dentes naturais, próteses removíveis ou implantes, é possível sim viver bem depois dos 60. A autoestima melhora, a saúde geral acompanha e o paciente ganha liberdade para sorrir, mastigar, viver”.

E ele finaliza com um convite simples, mas poderoso: “Procure seu dentista. Independente da idade, nunca é tarde para cuidar de você.”

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