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Educação e Tecnologia

Facebook amplia "padrões comunitários" do que pode ou não ser postado

Adriano Fernandes | 24/04/2018 23:24
O Facebook tem enfrentado duras críticas de governos e grupos de direitos humanos em muitos países por não fazer o suficiente para conter o discurso de ódio e impedir que o serviço seja usado para promover o terrorismo. (Foto: Reprodução)
O Facebook tem enfrentado duras críticas de governos e grupos de direitos humanos em muitos países por não fazer o suficiente para conter o discurso de ódio e impedir que o serviço seja usado para promover o terrorismo. (Foto: Reprodução)

O Facebook divulgou nesta terça-feira (24) regras muito mais detalhadas sobre os tipos de postagens permitidos na rede social, pelo mundo quanto a assuntos que vão desde o uso de drogas e trabalho sexual ao bullying, até discurso de ódio e incitação à violência.

A versão relativamente curta dos "padrões comunitários" que o Facebook usa há anos, agora foi ampliada. O documento, dentres outras especificidades descreve quando as postagens ou contas individuais devem ser removidas. Agora, a empresa está fornecendo um documento mais longo em seu site (https://www.facebook.com/communitystandards/) para esclarecer a confusão e ser mais aberto sobre suas operações, depois do escândalo de vazamento de dados de usuários pelo mundo.

A versão mais longa tem cerca de 8.000 palavras e cobre uma ampla gama de palavras e imagens que o Facebook às vezes censura, com uma discussão detalhada de cada categoria. Vídeos de pessoas feridas por canibalismo não são permitidos, por exemplo, mas tais imagens são permitidas com uma tela de aviso se estiverem "em um ambiente médico".

Ainda conforme o UOL, o Facebook deixou ainda mais claro que não permite que as pessoas comprem e vendam medicamentos controlados, maconha ou armas de fogo na rede social, mas o documento recém-publicado detalha o que outras falas sobre esses assuntos são permitidas.

O documento elabora sobre assédio e intimidação, barrando por exemplo "xingamento de menor". Também proíbe o conteúdo proveniente de hacking "exceto em casos limitados de apelo noticioso". Os novos padrões da comunidade não incorporam procedimentos separados sob os quais os governos podem exigir a remoção de conteúdo que viole a lei local.

Nesses casos, solicitações formais por escrito são necessárias e são revisadas pela equipe jurídica do Facebook e pelos advogados externos. Os padrões da comunidade também não abordam informações falsas -o Facebook não proíbe, mas tenta reduzir sua distribuição- ou outras questões contenciosas, como o uso de dados pessoais.

Os padrões estão em constante evolução, baseados em parte na avaliação obtida de mais de 100 organizações externas e especialistas em áreas como o contraterrorismo e a exploração infantil.

Polêmicas - O Facebook tem enfrentado duras críticas de governos e grupos de direitos humanos em muitos países por não fazer o suficiente para conter o discurso de ódio e impedir que o serviço seja usado para promover o terrorismo, promover a violência sectária e divulgar atos como assassinatos e suicídios.

Ao mesmo tempo, a empresa também foi acusada de ceder a regimes repressivos, removendo conteúdos que criticam governos e fornecendo poucas informações sobre por que certas postagens e contas são removidas. Novas políticas permitirão, pela primeira vez, que os usuários recorram da remoção de conteúdo individual. Anteriormente, apenas a remoção de contas, grupos e páginas podia ser contestada.

O Facebook também está começando a fornecer a razão específica pela qual o conteúdo está sendo retirado para uma variedade maior de situações. Maior rede social do mundo, o Facebook tornou-se uma fonte dominante de informação em muitos países ao redor do mundo.

A plataforma usa tanto o software automatizado quanto um exército de moderadores que agora somam 7.500 para remover textos, fotos e vídeos que violam suas regras.

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