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Educação e Tecnologia

ICQ aposta em SMS de graça para "roubar" público do WhatsApp

Helton Verão | 09/07/2014 10:14
O ICQ foi criado em 1996 pela startup israelense Mirabilis, agora quer usar seu velho charme para disputar espaço com WhatsApp, Viber, KakaoTalk, Line e WeChat, os líderes atuais de mercado. (Foto: Fernando R Ientzsch)
O ICQ foi criado em 1996 pela startup israelense Mirabilis, agora quer usar seu velho charme para disputar espaço com WhatsApp, Viber, KakaoTalk, Line e WeChat, os líderes atuais de mercado. (Foto: Fernando R Ientzsch)

Ele voltou! E promete oferecer funcionalidades e até SMS de graça para “roubar” os usuários do WhatsApp. O ICQ, sigla que se refere à expressão americana “I Seek You” (“Eu procuro você”), ficou famoso como um dos primeiros chats a cair no gosto dos internautas no final da década de 90 e agora volta em forma de app para smartphones também, já começa a ganhar usuários em Mato Grosso do Sul.

O ICQ foi criado em 1996 pela startup israelense Mirabilis, que agora quer usar seu velho charme para disputar espaço com WhatsApp, Viber, KakaoTalk, Line e WeChat, os líderes atuais de mercado.

Os usuários listaram quatro vantagens do "velho" aplicativo. Primeiramente a nostalgia, em seguida vieram o SMS gratuito, como uma forma de propagar a informação do retorno do ICQ, a chamada por vídeo e vantagem de poder ser acessado no computador.

“Acessava o ICQ até meus 13 anos, estávamos entrando neste negócio de internet. Não havia a quantidade de usuários que tem hoje. Acho que sai porque a galera toda estava indo para o MSN”, lembra o jornalista Alan Brito, 28 anos.

Para Brito, a nostalgia e o saudosismo podem pesar na popularização do ICQ neste seu renascimento. “Se não ficar restrito aos 'saudosistas', pode ser que dê certo. As funcionalidades são maiores que a do Whatsapp, você pode mandar mensagem SMS de graça pra que não tem o app e
fazer vídeo chamada como o hangout”, avalia o jornalista.

Para os internautas daquela época, é possível sim recuperar seu login e acessá-lo. O site do ICQ oferece uma ferramenta para recuperar os dados.

Basta entrar no sistema de busca de pessoas do ICQ (http://www.icq.com/people/pt) e acessar uma ferramenta de localização de usuários com dados a serem preenchidos, como sexo, país, nome, sobrenome, entre outros. Além das informações básicas, é possível pesquisar por interesses da pessoa, além do local em que ela vive agora.

A advogada Camila Serra, 33 anos, baixou o aplicativo há três dias, e conseguiu recuperar o número de identificação daquela época. “As pessoas que estão baixando são as mais antigas, que viveram aquela época. Aquele barulho de notificação, pura nostalgia”, ressalta.

“Ele tem a chamada por vídeo e o SMS gratuito e por enquanto é mais rápido, apesar do pouco tempo”, repara e completa a advogada que lembra dos seus 15 anos.

Camila conta que conforme avisa os amigos que está utilizando o app, a sua lista de contato aumenta.

Para o especialista e diretor de tecnologia do grupo WTW, Kenneth Correa, as pessoas na faixa dos 30 anos se identificam com o app pela nostalgia, mas não aposta que consiga desbancar o WhatsApp. “É a força da nostalgia, fala mais alto para quem conhecia. Nos últimos meses rolaram várias brincadeiras nas redes sociais de quem lembrava o número de identificação”, comenta Correa.

Sobre as diferenças para o WhatsApp, Kenneth, lembra vários outros aplicativos tem as funcionalidades como dos dois aplicativos. “O Google Plus por exemplo tem todas as funcionalidades dos dois, mas não caiu no gosto das pessoas”, compara.

“A quantidade de pessoas que já usam o WhatsApp é muito grande, aposto que o ICQ não vai igualar ou atraí-las. A não ser que o Whats ofereça problemas técnicos ou pare de oferecer funcionalidades”, ressalta.

Ambos app seguem a disposição gratuitamente na Play Store.

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