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No caminho para Bonito, conheça o Vale dos Dinossauros

Paulo Nonato de Souza | 28/07/2020 07:15
Em Nioaque quem dá as boas vindas aos visitantes é uma fêmea de Abelissauro com seus filhotes, todos de máscaras de proteção contra o coronavírus (Foto: Secretaria de Turismo/Divulgação)
Em Nioaque quem dá as boas vindas aos visitantes é uma fêmea de Abelissauro com seus filhotes, todos de máscaras de proteção contra o coronavírus (Foto: Secretaria de Turismo/Divulgação)

A proposta lançada em março pelo Ministério do Turismo para o pós-pandemia de coronavírus, com integração entre os modais de transporte para que diferentes destinos turísticos próximos sejam visitados em uma só viagem, pode ser uma boa alternativa não apenas entre estados, mas também entre municípios.

Em Mato Grosso do Sul, o Vale dos Dinossauros, em Nioaque é uma boa alternativa de passeio integrado com outros destinos localizados na mesma região. Neste caso, se você curte histórias de dinossauros e o universo da paleontologia, e se amarra em turismo de natureza, então poderá juntar conhecimento e diversão em uma única viagem.

No mesmo caminho, a BR-060, o viajante teria as opções de paradas em Nioaque para conhecer o Vale dos Dinossauros, depois mergulhar na Lagoa Misteriosa ou contemplar o Buraco das Araras, em Jardim, antes de chegar em Bonito, o paraíso do ecoturismo, como destino final da viagem. A partir de Campo Grande, são 184 km até Nioaque, mais 53 km até Jardim e 69 km para chegar em Bonito.

Por enquanto o cenário ainda exige bom senso na hora de planejar uma viagem, embora alguns dos principais destinos de turismo já tenham retomado as atividades, inclusive Bonito e Jardim, e outros em Mato Grosso do Sul e pelo Brasil a fora estão se preparando para voltar.

A situação no momento em Nioaque é considerada crítica e as medidas de isolamento social foram intensificadas. O município tem a classificação “Bandeira Preta”, conforme dados do Prosseguir, um programa criado para monitorar os riscos de contágios do Covid-19 na retomada de atividades econômicas. Mas quando se sentir seguro para viajar, pense na nossa sugestão.

Rastros fossilizados de dinossauros em uma laje rochosa à beira do rio Nioaque (Foto: Jorge Luís Cardoso/Secretário de Turismo/Arquivo) 
Rastros fossilizados de dinossauros em uma laje rochosa à beira do rio Nioaque (Foto: Jorge Luís Cardoso/Secretário de Turismo/Arquivo)

Nioaque, município de 14 mil habitantes, não é só o berço da Retirada da Laguna, a histórica batalha da Guerra do Paraguai (1864-1870). É também o Vale dos Dinossauros.

Na chegada, logo no trevo da entrada da cidade você tem a sensação de se deparar com um zoológico jurássico. Quem dá as boas vindas é um Abelissauro, uma espécie de dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período cretáceo, há cerca de 145 e 65 milhões de anos. O animal está representado em uma escultura, onde aparece pousado sobre as letras “o” e “q” da palavra Nioaque em formato de ovo, e tem até filhotes do réptil pré-histórico.

Nioaque tem 170 anos de fundação e flerta com o período jurássico desde 2015, quando uma equipe de paleontólogos da Universidade Federal do Rio de Janeiro anunciou a comprovação científica de pegadas de dinossauros na região, uma descoberta que teve os primeiros registros na década de 1980.

O anúncio motivou a prefeitura a construir um monumento em homenagem aos dinossauros, inaugurado em abril de 2015, e lançar um plano de marketing denominando a cidade como Vale dos Dinossauros.

Depois de cinco anos, a visitação ainda não é tarefa fácil. A dificuldade nem é por questão de distância, porque apenas 3 km separam o centro da cidade até os rastros fossilizados dos gigantescos animais extintos há 65 milhões de anos.

Acontece que o sítio paleontológico fica em uma propriedade particular, a Fazenda Minuano, e para ter acesso só com autorização do proprietário. Por isso, a melhor coisa a fazer antes de pegar a estrada é entrar em contato com a prefeitura pelo telefone (67) 3236-1011 e se programar.

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