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Aos mestres, com carinho

Por Heitor Freire (*) | 21/10/2013 13:13

Hoje acordei com um pensamento que me levou a uma reflexão profunda: o papel do professor em nossas vidas. Não conheço nenhum título que possa mais dignificar o ser humano que este: Professor. Significa tanto que empolga os que se dedicam ao mister de ensinar, que não se deixam abater pelas dificuldades que encontram, como salários baixos, incompreensão, etc.

Entre todas as profissões existentes a que mais marca na formação das pessoas é a do professor. Todos nós, indistintamente lembramos dos nossos professores. Da maioria com saudade e carinho. Evidente que também há lembranças do mau professor. Mas são poucas.

O exercício do magistério exige de seus profissionais uma dedicação, um acompanhamento, uma interação com seus alunos, criando uma química que acaba gerando uma ligação que fica.

O professor consciente é um homem de vasto saber, um poço de cultura, de ciência, magni prettii homo = homem de grande mérito, mestre, corifeu, magister, mestre, mistagogo (conselheiro), semeador, missionário; enfim, são tantas as facetas que deve encarnar que acabam distinguindo-o do homem comum.

O professor consciente e verdadeiro é dotado de uma disciplina férrea, de uma compaixão compassiva, de uma responsabilidade total, de uma amizade sincera, de uma dedicação total ao trabalho, de uma coragem a toda prova, de uma perseverança determinada, de uma honestidade completa, de uma lealdade verdadeira, de uma fé absoluta.

De professor, de mestre, acaba se tornando aluno de si mesmo, pois a sua atividade cotidiana exige um constante aprimoramento profissional, mental e acima de tudo humano cuja filosofia está na perfeita conduta do cotidiano.

Hoje se vê uma desvalorização do mestre por parte de todos, principalmente das autoridades públicas que não respeitando sua dedicação não lhe concedem uma remuneração adequada.

Há poucos dias, 15 de outubro, foi comemorado o dia nacional dedicado ao professor. Este é um dia que devia ser feriado não apenas nas escolas mas em todas atividades para que todos pudessem manifestar o seu reconhecimento a este profissional extraordinário. Como exemplos ricos desse ideal divino, destaco com carinho e até com reverência, a professora Maria da Glória Sá Rosa e o professor Hildebrando Campestrini. Eles são o que considero como a mais perfeita encarnação dessa atividade em nossa cidade. Estão há mais de cinquenta anos em contínuo e permanente labor, e cujo entusiasmo não se resume em ministrar aulas, mas, principalmente a influenciar com sua cultura, dedicação, competência e sobretudo exemplo, gerações e gerações de estudantes de todas as idades.

A professora Maria da Glória, assim como o professor Campestrini são integrantes da Academia de Letras do nosso estado. Ela é associada emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, título que lhe foi outorgado durante o VIII Seminário de Desenvolvimento Institucional do IHGMS, neste ano. Ele é fundador e presidente do mesmo Instituto, e ambos, foram condecorados com a Ordem do Mérito do Trabalho, no grau de Comendador, em cerimônia solene realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho do nosso estado.

Chegaram com muito mérito ao status de receberem em vida, o reconhecimento das autoridades, das entidades culturais e educativas, da classe profissional que dignificam, dos seus ex-alunos e da população em geral, como verdadeiros símbolos da força do ideal que abraçaram e a que se dedicaram com todo entusiasmo.

Ave, professora Maria de Glória e professor Campestrini!

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis, advogado e jornalista.

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