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Democracia cara e bandida

Por Gilson Cavalcanti Ricci (*) | 05/03/2015 13:30

Rui Barbosa ensinava que “a pior democracia é preferível à melhor ditadura”. Certamente, o imortal jurisconsulto brasileiro teria outra visão da doutrina grega se vivesse no Brasil nos dias atuais, pois a democracia praticada em nosso país é um clamoroso atentado contra os foros da moral e da ética política. Sob a égide da esquerda marxista-leninista, gravita na órbita do governo central a corrupção generalizada, enquanto a autoridade maior fecha os olhos à rapinagem perpetrada pelos correligionários, com a cínica justificativa de inocência a todo esse lamaçal putrefato que se instituiu ao seu redor. Chegou ao ponto de banalizar a corrupção no âmbito da máquina administrativa numa sequência chocante de ocorrências, como fraude nas contas públicas, superfaturamento de obras governamentais, lavagem de dinheiro roubado dos cofres públicos, partilha do numerário subtraído pelos asseclas contra a economia nacional, e muitos outros crimes contra o patrimônio nacional praticados à luz do dia.

O caso da PETROBRÁS é clamoroso, é de arrepiar! A maior empresa brasileira de todos os tempos está prestes a falir, vitimada pelos assaltantes de colarinho branco protegidos pela couraça do Planalto, a atacaram a poderosa empresa como abutres na carniça. A Petrobrás é uma das preciosas dádivas deixadas pela ditadura getulista, projetada nesse período institucional e construída no governo democrático de Getúlio Vargas. Foi construída para pesquisa e extração do petróleo dentro e fora do território brasileiro e, com o passar do tempo, tornou-se o maior patrimônio nacional, que muito nos orgulha por estar incluída no rol das maiores e mais ricas empresas produtoras do ouro negro, e levar o Brasil à auto suficiência do precioso mineral.

O festim lesa-pátria domina vergonhosamente os noticiários da mídia nacional e internacional, colocando o Brasil de joelhos perante o mundo. Paralelamente a toda essa vergonhosa atuação do governo petista, a cambaleante economia brasileira vem custeando a construção de obras estruturais no exterior, patrocinadas e pagas integralmente pelo governo brasileiro em países dominados por ditaduras comunistas como Cuba e outras republiquetas escravizadas pelo comunismo marxista-leninista, enquanto no Brasil padecem a saúde pública, a educação pública, a segurança pública, a infra estrutura portuária, ferroviária, rodoviária e hidroviária, e muitas outras deficiências estruturais.

Por outro lado, pesa o elevado preço que pagamos por uma democracia libertina, cujo funcionamento arromba os orçamentos federais, estaduais e municipais, como é a infra estrutura institucional do Poder Legislativo, a sangrar miseravelmente a economia nacional. Em 2014 esse imenso fardo econômico elevou-se a mais de vinte bilhões de reais para manter a máquina legislativa em funcionamento, e pudéssemos ter leis federais, estaduais e municipais, necessárias ao funcionamento pleno da democracia em nosso país. Pois bem, mais de vinte bilhões de reais foram custeados pelo povo em 2014, para manutenção das casas de leis, cujos membros legislam em prol de seus próprios salários (subsídios) e uma elevada gama de vantagens e benefícios pessoais, que ultrapassam mensalmente a mais de cinquenta mil reais para cada parlamentar, ou muito mais ainda no caso dos deputados federais e senadores.

Todas essas mazelas castram o aperfeiçoamento da máquina administrativa, resultando na impossibilidade de melhor equipamento dos órgãos de segurança pública; contratação de médicos especialistas em quantidade suficiente a atender satisfatoriamente a massa necessitada, bem como a modernização dos hospitais públicos; melhoria da educação pública e modernização das vias de transporte. O resultado está aí na nossa cara: violência incontrolável, doentes morrendo nas filas dos hospitais públicos, evasão escolar, ferrovias e hidrovias abandonadas - mazelas que afetam diretamente o Poder Judiciário com mais de noventa milhões de processos em andamento no País!

Uma zorra total!

(*)Gilson Cavalcanti Ricci, advogado

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