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Esquerda ou direita?

Por Heitor Freire (*) | 19/10/2018 08:16

Desde que o homem se viu em pé e olhou para o lado, vive em constante conflito, em luta permanente pela mulher e pelo território. A história da humanidade é contada pelas inúmeras guerras em que o ser humano se empenhou. E que causaram destruição, espalharam o terror, com a morte de milhões de pessoas, dependendo da época e da tecnologia usada em cada caso. E paradoxalmente acabaram contribuindo para o progresso da espécie e dos negócios.

O espírito belicoso do homem o levou a atitudes extremas para conseguir seus objetivos. Sempre foi assim, desde o princípio.

Na ânsia de encontrar um bálsamo para suas inquietudes, acabou também desenvolvendo filosofias e criando religiões que, se constituíram em fonte de novas guerras, pela vontade de impor pela força a sua aceitação. O que sempre prevaleceu foi o ter em detrimento do ser.

Há dois mil e quinhentos anos em diversas partes do globo terrestre encarnaram homens que vieram especialmente para procurar despertar na humanidade um sentido maior na vida humana.

Lao-Tsé e Confúcio na China, Sócrates, Platão, Aristóteles e Pitágoras na Grécia, Buda na Índia, todos implantaram suas filosofias. Basicamente o que se ensinava era o autoconhecimento. Tudo começou no V século A.C., considerado o século de ouro da humanidade.

Há dois mil anos, um Mestre de elevadíssima estirpe espiritual, Jesus, encarnou e fez da sua vida um cântico de amor e de fraternidade, pregando o amor entre os homens e a fraternidade universal. Deixou um legado que, infelizmente acabou gerando, por parte dos religiosos que se disseram seguidores de sua doutrina, uma constante disputa ocasionando profundas divergências, contrariando tudo o que Ele pregou.

O ser humano é realmente muito complexo. Vive inventando meios de criar divergências em vez de criar convergências.

Durante a Revolução Francesa, no século XVIII, de acordo com a posição dos assentos na Assembleia Nacional Francesa, passou-se a adotar os termos de esquerda e de direita com conotação política. Os que se sentavam à esquerda do presidente da Assembleia eram os apoiadores da revolução, opondo-se à monarquia. Eram favoráveis a uma mudança radical, que levaria ao fim da monarquia e daria mais poder ao povo. Por isso essa ideologia é relacionada com a luta dos trabalhadores.

Aqueles que se sentavam à direita apoiavam o antigo regime monarquista. Quanto mais forte a sua oposição à mudança e seu desejo de preservar a sociedade tradicional, mais à direita eles estariam. A tradição, a religião institucional e a privatização da economia foram considerados os valores fundamentais da direita.

A ideologia de esquerda defende que o governo deve garantir o bem estar das pessoas. Para isso ele deve ser grande e forte, controlando todos os setores da sociedade, regulando as empresas e cobrando impostos. A esquerda é conhecida como a ideologia política que representa o socialismo, a democracia e o comunismo. Sua maior bandeira, em suma, é a igualdade.

A ideologia de direita defende menor participação do governo na sociedade, deixando que o próprio mercado dite suas regras, com maior responsabilidade individual das pessoas e autonomia das empresas, com menos impostos e menos regulamentação. Sua maior bandeira é o livre-mercado.

Enfim, essa é a realidade que estamos vivendo hoje em nosso país. Às vésperas da eleição no segundo turno as posições estão por demais radicalizadas. Com os meios modernos de difusão de ideias, a confusão aumentou e muito.

Está na hora de nos convencermos de que somos todos irmãos, vindos da mesma fonte que é Deus e propagarmos os verdadeiros ensinamentos de Jesus, respeitando as posições contrárias e trabalharmos para que o nosso país encontre o seu destino no concerto das nações, lembrando-nos que o Brasil é a Pátria do Evangelho, Coração do Mundom como já disse Humberto de Campos.

(*) Heitor Rodrigues Freire é corretor de imóveis e advogado.

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