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Invasões indígenas: desmoralização das instituições

Por Ruy Sant’Anna (*) | 17/06/2013 13:00

A ocupação das instalações do prédio da FUNAI em Brasília está dentro do padrão de ação que esse órgão estimula contra seus “desafetos” os produtores rurais, com a diferença de que a “invasão” se deu pacificamente.

Ela mais parece um acordo do que, propriamente uma invasão: tipo, ok, ok, vocês têm razão, não deu certo o plano A; vamos executar o plano B, que é o da “invasão”.

Seria a “revolta” da criatura contra seu “criador”? Muito calculadinho, não acha? É como se quisessem que a gente raciocinasse como eles querem. Viu? Os índios não são manipulados...

Qual o objetivo deles? A desmoralização de nossas Instituições, e por extensão querem todos os demais brasileiros de joelhos diante deles, simbolicamente, mas para eles de grande significado internacionais.

Exigem ser recebidos pela presidente da República e pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Por mais que eu veja a presidente como responsável, pela omissão nas decisões administrativas, não admito que a sua autoridade seja tratada da maneira como querem. E sem comparação, o presidente do STF é uma autoridade que tem de ser respeitada e preservada, pela representação da Justiça do Brasil.

Desde 1973, quando o presidente Garrastazu Médici criou o Estatuto do Índio, veem se realizando as assembleias indígenas nacionais, as quais pretendem servir de fundamento para um Movimento Indígena.

De lá pra cá, cada vez mais embrutecem as ações que têm a FUNAI, por trás e sem se arriscar. Perseguem o objetivo de criação de organizações para uma das finalidades de toda essa movimentação: querem criar a “União das Nações Indígenas”, de acordo com a última assembleia deles. Visam criar a UNI, para arregimentar todas as etnias do País. E os movimentos de invasões continuariam como “sustentação”, pano de fundo como diz o povo.

Isso não tem nada de poético e muito menos de patriótico. É bom que lembremos que essa esdrúxula ideia não tem nada de brasileira, e tem como fim o enfraquecimento de todas as Instituições do Brasil, e da sua população.

Gente, isso é um Programa que estão nos empurrando goela a baixo e de maneira muito calculada, sorrateiramente, para não levantar suspeitas. São nos impostas como os desbravadores sempre fizeram: com coisas, palavras bonitas, tentadoras, como se apresentassem algo novo e benéfico para os “oprimidos” e a população em geral, contra os “opressores” donos das terras produtivas.

Alguém da FUNAI, CIMI e ONGs, já parou pra pensar no que resultaria se durante um ano, ou muito menos, os produtores rurais, ficassem impedidos de produzir alimentos?

Ou fossem “proibidos” de tirar de suas propriedades os produtos que deveriam ir para os supermercados e exportação? Tudo barrado por bloqueios indígenas?

O Brasil teria um prejuízo incalculável. Milhares ou milhões de brasileiros perderiam empregos e outros ficariam impedidos de consegui-los. O efeito dominó de queda de produção em setores que diretamente não são rurais fecharia e/ou quebrariam. Seria uma desgraceira só. Também os índios, sofreriam as consequências com os impostos que o governo deixaria de receber, o que refletiria nas bolsas de subsistência que recebem; deixariam de receber porque o governo perderia a arrecadação de impostos.

Em cima de toda essa baderna, com prejuízos materiais e morais incalculáveis, o Brasil estaria desmoralizado mundialmente.

Será que é exatamente isso que os indígenas brasileiros desejam? Será que esse ponto, de toda a questão, foi lhes informado? Não acredito. “O quanto pior é melhor”? No lo creo.

Creio sim, em Deus. Creio sim, na Justiça, no trabalho produtivo onde todos possam produzir e ganhar. Creio no amor aos semelhantes. Creio sim na minha Pátria, sem triunfalismo.

Sobretudo, creio que nenhum desses credos pode colocar a mulher e o homem na imbecilidade de acreditar cegamente em falsos profetas, líderes e salvadores de causas impatrióticas. Por isso me alio às boas e saudáveis causas, abraço aos meus semelhantes dando-lhes bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*) Ruy Sant’Anna é jornalista e advogado.

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