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O cidadão engajado na construção da Democracia

*Pedro Pedrossian Filho | 29/03/2014 13:21

A grandeza do Estado democrático está na sua pluralidade de opiniões, de inte¬resses, de vontades e alternativas, pois, o respeito pela liberdade implica necessariamente em reconhecer aos cidadãos o efetivo papel de protagonistas de sua sorte.

É atributo da democracia, oferecer aos cidadãos, um quadro político com diversidade de candidatos, projetos e ideologias divergentes quepermita aexpressãoda vontadepopular. Na medida em que contamoscom apenas duas candidaturas - PT versus PMDB- majoritárias; uma que reside no eterno retorno do mesmo, ou seja, a permanência do “status quo”; na outra ponta, outro continuísmo por já figurar no cenário político nacional há anos e que não atende ao desejo e clamor popular por mudança, caminhamos rumo à situação patológica do despotismo.

Os outros partidos por sua vez, ao invés de criarem novas formas de idealizar um futuro que permita vislumbrar a permanente construção da independência política, de propor e elaborar novas formas de pensar e agir, formando assim, novas lideranças políticas para atender o desejo da sociedade, esses partidos ao contrário, se digladiama qualquer custo para se aliarem aos mesmos, contrariando o anseio da população, visando única e exclusivamente a satisfação de seus interesses particulares momentâneos.

Desse modo, assistimos a patologia política que impede a manifestação da pluralidade, reduzindo o nosso estado e o resto da nação a um rebanho de animais passivos e diligentes no qual o governo é seu “pastor”.

As consequências da conjunção entre políticos semelhantes e partidos de aluguel pode levar o Esta¬do democrático para a servidão. Estando os políticos voltados para sua própria esfera privada, cada um adquire o sen¬timento de não dever nada a ninguém, a não ser, chegar ao cargo almejado, custe o que custar.

Por outro lado, o cidadão reclama, suplica, por mudanças, mas continua inerte e sua omissão faz com que, voluntariamente, deixe escapar seus direitos políticos, na medida em que considera inútil e inconveniente o exercício da deliberação conjunta sobre a coisa pública.

Há uma frase atribuída a Gandhi que diz que “temos de nos tornar a mudança que queremos ver”, assim, convido ao leitor a se engajar mais no que diz respeito a sua própria vida, e não existe nada que implique mais em nossa própria vida do que a política.

*Pedro Pedrossian Filho, graduado em Filosofia, político e produtor rural.

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