ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 26º

Artigos

O domínio da segunda língua para além das necessidades profissionais

Por Rosiany Moraes Borges (*) | 26/08/2017 15:14

Inegável se mostra a necessidade do domínio de outras línguas, especialmente a língua inglesa, para o bom desempenho das atividades profissionais, seja de qual área for, ou até mesmo por estudantes, que buscam aprofundar seus estudos literários em outro país. Na perspectiva da Língua Estrangeira, a aprendizagem de um novo idioma favorece o convívio com culturas separadas por signos distintos, pois amplia as possibilidades de intercâmbio social e promove a compreensão, a interação e o respeito entre culturas.

A impressão a que se chega é que vivemos em um único Estado (globalização), pois as fronteiras entre países não conseguem barrar a sede de desenvolvimento humano. Contudo, os benefícios do aprendizado de uma segunda língua, esbarra na dificuldade que muitos tem, sobretudo os indivíduos adultos, em conceber a nova língua, o que também possui uma explicação científica. São muitos os relatos de adultos, que, ao iniciar um curso de línguas, são surpreendidos por crianças de seis e sete anos de idade, que dominam facilmente a língua em estudo.

A facilidade, por parte das crianças, em apreender uma nova língua, mora em questões biológicas ou científicas. Ocorre que as crianças estão em pleno aperfeiçoamento do aparelho fonador e com o passar dos anos se adapta àqueles sons que estamos acostumados (som da língua nata). Na medida em que vamos envelhecendo, nossa dicção fica mais “afinada”, conseguimos articular muito bem as palavras, ou seja, os músculos do aparelho fonador se acostumam com os movimentos necessários para a reprodução dos diferentes sons da nossa língua. Podemos dizer que aconteceu uma adaptação muscular com cada movimento necessário para a reprodução desses sons.

Na rede Marista, o objetivo é a aprendizagem, de forma significativa, da língua estrangeira de modo a possibilitar ao sujeito interagir com outros sujeitos e culturas em diferentes situações comunicativas. A aprendizagem de língua estrangeira deve levar em conta o uso da língua alvo em sala de aula como forma de motivar o seu uso diário limitado fora do ambiente escolar, buscando aproximar o estudante quanto ao uso dessa língua no seu próprio país, por meio de rodas de conversa, leituras, filmes palestras, debates, músicas, etc. Além de promover o uso qualitativo do tempo de sala de aula com tarefas e situações que propiciem o uso autêntico do idioma.

Mesmo com uma gradação no processo de aprendizagem da língua estrangeira no decorrer dos segmentos da educação básica, deparamo-nos com uma diferença significativa do nível linguístico dos nossos alunos. Essa heterogeneidade do nível de conhecimento dos estudantes interferirá diretamente no processo de ensino aprendizagem. Para que isso não prejudique a aprendizagem, faz-se necessário investir em práticas que envolvam trabalho em pares ou grupos, assim como o desenvolvimento de projetos com atividades em que todos os níveis sejam contemplados.

Nessa perspectiva, desde as séries iniciais, o professor deverá estimular e fornecer embasamento textual, além de empregar a língua estrangeira falada em sala de aula, como forma de mediação, motivação, exemplo e prática coerente, propiciando a investigação do aluno, a ampliação do nível de compreensão e produção oral e escrita.

(*) Rosiany Moraes Borges é coordenadora de área e professora de inglês no Colégio Marista Goiânia, do Grupo Marista.

Nos siga no Google Notícias