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Parece que agora vai

Por Heitor Freire (*) | 02/04/2014 14:59

No artigo publicado em 14 de janeiro de 2013, “NOVOS TEMPOS”, eu saudava a administração municipal recém empossada, desejando ao novo prefeito e à sua equipe sucesso nessa nova caminhada. Assim me pronunciei me referindo à continuidade de quase 30 anos de administração:

“Essa continuidade de ideias e políticas proporcionou ao quadro de funcionários da prefeitura de Campo Grande um aprimoramento pelo prosseguimento no tempo de uma mentalidade sequencial de práticas e procedimentos. Os atores permaneceram e se aperfeiçoaram. Hoje, posso afirmar com conhecimento de causa: a nossa prefeitura conta com um elenco de funcionários do mais alto gabarito.

E agora temos pela primeira vez, em quase trinta anos, uma mudança radical de administração. A nossa população pedia uma mudança. E ela veio. E estamos observando que o nosso prefeito se depara com uma situação que está a lhe exigir uma capacidade de liderança elevada para poder comandar essa máquina que está muito bem azeitada. Particularmente, faço votos de que nosso prefeito realize uma boa administração, que é uma tradição em Campo Grande”.

O artigo terminava com este parágrafo:

“Assim “cela s’entend”, o costume faz lei. Eu espero. E desejo que o nosso prefeito tenha a mesma competência demonstrada pelos seus antecessores na administração da prefeitura e se corresponder, na continuidade de sua carreira política”.

Mas o que vimos foi uma continuidade de desacertos, de incompetência, de descompromisso, de falta de cumprimento da palavra empenhada, o que veio, entre outras situações, a culminar com o processo de cassação do então prefeito.

Estamos hoje com uma nova e esperançosa situação: o atual prefeito Gilmar Olarte está se constituindo numa agradável surpresa. Em poucos mais de 20 dias já tomou atitudes e decisões que descongestionaram a máquina pública. Eu, como diretor da Santa Casa, já testemunhei ações do prefeito liberando verbas que se encontravam “escondidas” nos escaninhos da secretaria de saúde, verbas de origem federal e estadual que incompreensivelmente não eram liberadas pela prefeitura. Não dá para entender quais eram os propósitos e intenções do então alcaide e de seu secretário de saúde.

As instituições privadas filantrópicas e assistenciais – que muitas vezes suprem o que o poder público não faz – e que sempre contaram com o precioso auxílio da administração municipal para o atendimento de suas atividades, por intermédio dos convênios de cooperação, encontraram-se a pão e água durante um ano e dois meses. Nada funcionou. Ou quase não funcionou. A verba pública que dava e dá respaldo a essas instituições para que possam cumprir o seu desiderato ficaram, em sua grande maioria, congeladas. Até agora também não entendi qual motivo impedia o então prefeito de liberá-las.

Agora a prefeitura já está solicitando a essas entidades o envio da documentação necessária para a assinatura dos convênios com a consequente liberação das verbas que lhes são devidas. Vai ser, com certeza, uma grande comemoração quando o prefeito Gilmar Olarte convocar as entidades para a assinatura dos convênios.

Parece que agora a coisa vai. Tudo indica que o nosso prefeito acionou o seu azimute político com o norte voltado para o benefício da nossa população. Que assim seja.

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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