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Pesquisa eleitoral, por Ruy Sant’Anna

Por Ruy Sant’Anna (*) | 06/08/2012 08:45

É interessante se observar que muita gente nega-se a responder pesquisa eleitoral. Algumas situações levam tais pessoas à omissão. A primeira, provocada pela má informação, leva a isso por achar-se que a (o) pesquisadora queira convencer o pesquisado de algo que ele não queira admitir. Ora, a pesquisa eleitoral é fundamentada e tem de seguir bases científicas até por força de lei. Nenhum Instituto de Pesquisa quer correr o risco da pesquisa tendenciosa ou deturpada. Seria o seu fim.

Outra “motivação” errônea é a neurose do ocupado. Negando-se à entrevista o pretenso pesquisado sai com a desculpa esfarrapada de que está “muito ocupado” e apressado...

Mais uma é a da pessoa que tem o espírito de superioridade e não admite que lhe façam a cabeça. No que em tese tem razão. Só que na pesquisa eleitoral de Instituto de Pesquisa, não pode ocorrer essa espécie de ameaça ou risco, porque qualquer pessoa pode denunciar à Justiça Eleitoral ou Partido Político e o Instituto estaria ferrado.

Em fim todo procedimento de qualquer pesquisa eleitoral, antes de sair às ruas e residências elas são rigorosamente registradas na Justiça Eleitoral, e seus resultados ficam à disposição para confrontação de sua veracidade ou de algum deslize, erro ou má fé.

Resumindo o eleitor precisa se conscientizar que, se ele quiser uma boa administração em seu município ou se pretende vereador capaz e eficaz, o melhor a fazer é responder à pesquisa. E votar na sua convicção.

Por seu lado o candidato a prefeito e vereador, principalmente do interior do Estado, tem de admitir que o mais produtivo para sua campanha e possível eleição é se definir por um Instituto de Pesquisa. Ele precisa conhecer a variedade e oscilação de interesses dos eleitores, em suas várias classificações: nível de estudo, profissão, idade, sexo, zona residencial, e entre as aspirações quais as que mais desejam realizadas, em grau de importância.

Precisa definir-se pela pesquisa qualitativa, pois é através desta que o candidato terá montada sua estratégia para alcançar a satisfação do eleitor. Sem desprezar, evidentemente, a pesquisa quantitativa que lhe mostrará sua evolução eleitoral.

Os candidatos têm de receber as pesquisas para orientação de rumo do marketing eleitoral. As pesquisas são pistas seguras sobre o rumo que segue o eleitorado, em determinados momentos, locais etc.: quais seus interesses e tendências.

Se em alguns municípios as pesquisas nãosão feitas na frequência normal, todos acabam saindo com prejuízos, os partidos, os candidatos e principalmente o povo.

Não se admite o achômetro na descoberta dos sonhos do povo. Essa é uma área muito importante para a vida humana: a decisão eleitoral. Se os candidatos não aspiram às pesquisas como têm de ser, desconsideram àqueles que eles buscam para elegê-los.

Se o povo não acredita em pesquisas, por qualquer motivo, perde grande oportunidade de poder realizar suas aspirações. E caso seu candidato eleito não corresponda às suas expectativas. Temos que considerar que a vida é feita de acertos e erros, Nunca devemos desistir de nossos sonhos. Muito menos desacreditar da política. Afinal até na família existe política. Em todo lugar.

Um dos maus conselheiros na pesquisa é a falsa economia no custo. Contratar pesquisa de pequeno número de eleitores dá uma falsa resposta de resultado, principalmente se o município é de densidade eleitoral média para grande. Em tais casos a precisão da realidade distancia-se.

Assim, acredito que o povo nem o candidato quer chegar à triste e desastrosa conclusão das imprecisões exageradas como: “o que povo mais quer”; “tudo é possível”; “qualquer resultado”; “quem é o primeiro”, num desfocado salve-se quem puder.

Fora essas hipóteses, só a manipulação de resultados explicaria falhas tão gritantes. Mas esse não é o objetivo deste artigo. Para isso a Justiça Eleitoral que, entre suas atribuições, existe para punir os fatos criminais.

O que uma eleição quer apoiada em pesquisa, é se basear nas informações obtidas para planejar as futuras ações de melhoria de vida do povo, lançando-se novos programas e serviços que atendam as maiores aspirações populares. O candidato ouvindo o povo e informado cientificamente, ao ser eleito terá junto à população a abertura de novos horizontes. Para prefeito só um é eleito, quanto aos vereadores dependem do número de vagas em cada Câmara municipal. Quantos perderam mais de duas ou três eleições? Vários. Não desistiram e afinal elegeram-se. Aos atuais candidatos, futuros eleitos e eleitores sul-mato-grossenses, o meu bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*)Ruy Sant’Anna é advogado e jornalista.

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