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Saudação a Estevão Petrallas

Por Gilson Cavalcanti Ricci (*) | 31/08/2014 09:00

É o novo presidente do Operário Futebol Clube, o nosso legendário onze, que no passado fez estufar de orgulho o peito de sua imensa torcida em gramados nacionais e internacionais. Estevão Petrallas assume o comando do heróico Galo Valente em boa hora, trazendo-nos a esperança de colocar sua inteligência, e sua capacidade profissional, na hercúlea missão de fazer renascer a glória perdida nas divisões inferiores do campeonato estadual – fruto das péssimas administrações passadas, que levaram ao caos o time campo-grandense que honrou o futebol brasileiro em gramados nacionais e internacionais. Falar das glórias do Operário faz nossos corações bater com a força de cada gol arremessado para dentro das redes adversárias por seus valorosos defensores comandados pelo saudoso Carlos Castilho.

Virando as páginas da história para os dias atuais, choramos de tristeza ao vermos o humilhante ocaso do nosso Galo Valente, a servir de pilhéria a meia dúzia torcedores nas arquibancadas da periferia. Ligando o passado ao presente, constrangidos, vemos que não restou uma centelha sequer daquele fogo ardente que levou ao delírio multidões frenéticas ao glamoroso Estádio Universitário, ou “morenão” como foi pichado por algum jornalista idiota - atualmente um inútil elefante branco -. Naqueles dias de glória, o nosso amado Operário Futebol Clube fez a festa de milhares de torcedores, não somente em nossa bela Campo Grande, mas também em muitas outras praças brasileiras e estrangeiras, onde atuou com garra e eficiência técnica. No Murumbi, em São Paulo, mostrou sua força ao levar àquela grande praça esportiva 123.092 torcedores, em disputa pela semi-final do Campeonato Brasileiro de 1978, com o São Paulo – a maior platéia registrada naquele estádio até então. Todavia, por ato imoral de uma arbitragem facciosa, sofrera o maior vilipêndio do futebol brasileiro, que lamentavelmente ficou impune como uma mancha indelével ao bom conceito mundial do futebol brasileiro.

Em seu panteão de glórias, o Galo Valente coleciona um relicário épico de feitos inesquecíveis: em Seul, capital da Coréia do Sul, disputou a copa “Cup Footbal President’s”, na qual participaram times de peso no ranking mundial do futebol, como o Bayern de Munique da Alemanha – vencido pelo Operário -, e o PSV Eindhoven da Holanda. Na final, empatou com a seleção de futebol da Coréia do Sul por 1x1, conquistando o título daquela copa. Além deste importante troféu mundial, queda em suas prateleiras empoeiradas outras memoráveis epopéias, como o troféu conquistado na “Copa da Seleção Russa”, em 1973, na qual enfrentou aguerridas seleções de países do Leste Europeu e da Ásia, e em 1974, o memorável empate no jogo com a seleção de Portugal diante de dezenas de milhares de torcedores, que lotaram o estádio de Lisboa, inclusive estava ali o então presidente do Brasil, Emílio Médici, em companhia de autoridades daquele país.

Diante do memorável passado de glórias do Operário Futebol Clube, incide ao presidente Estevão Petrallas a tarefa de ressuscitar das cinzas o nosso imortal Galo Valente, tristemente jogado às traças, e trazer de volta ao Estádio Universitário não somente a grandiosa torcida alvinegra, mas a massa inteira dos torcedores sul-mato-grossenses, tirando assim do marasmo aquela majestosa praça de esportes, que atualmente nos envergonha como uma sombria masmorra habitada por ratos e morcegos.

Estevão Petrallas é bem relacionado nos meios políticos de nossa cidade, sendo portador de ilibada conduta moral e ética, reunindo assim excelentes qualidades pessoais para levar avante uma boa administração em prol do clube mais querido do nosso Estado. Auguramos felicidades a ele, para que reviva a chama ardente do passado, pois o engrandecimento do Operário Futebol Clube fará renascer a grandeza do futebol de Mato Grosso do Sul.

(*) Gilson Cavalcanti Ricci, advogado

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