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Vigilância para preservar a história

Por Paulo Vaz (*) | 15/10/2013 13:51

Recentemente, manifestantes que protestavam contra a demarcação de terras indígenas no país picharam e jogaram tinta no Monumento às Bandeiras, um dos cartões-postais da cidade de São Paulo, localizado na zona sul, em frente ao Parque do Ibirapuera. Agora, a obra do escultor Victor Brecheret, inaugurada em 1953, terá que passar por um cuidadoso processo de limpeza e restauro para que seja completamente recuperada.

Independente das causas que impulsionam tais protestos, se legítimas ou não, chama a atenção o fato da vulnerabilidade de trabalhos artísticos e monumentos históricos localizados em vias públicas e centros urbanos, palco de manifestações. São esculturas e construções, muitas vezes com séculos de vida, que enriquecem e ajudam a contar a história do lugar de que fazem parte. Danificar um patrimônio destes é crime, mas como identificar os autores de tamanho vandalismo?

Impossibilitados de manter seguranças durante período integral e em todos os lugares, os municípios estão aderindo cada vez mais ao uso de tecnologias, como câmeras de vigilância, que possam inibir e até conter atos de destruição. Em Minas Gerais, por exemplo, já se pensa na instalação de câmeras de alta definição nas ruas de cidades históricas e próximas às principais obras e atrações turísticas.

Entre as soluções disponíveis no mercado, existem tecnologias extremamente eficientes. São câmeras de altíssima definição, que, entre outras aplicações, permitem a identificação em tempo real de atitudes suspeitas, invasões, identificação de pessoas e veículos. Elas integram as informações captadas com os centros de controle e departamentos policiais, e assim sinalizam as ocorrências, não apenas fazem imagens. São ferramentas como essas que podem contribuir para tornar as cidades mais inteligentes e seguras.

Outros sistemas de monitoramento inteligente, que vão além dos conhecidos CFTVs (Circuito Fechado de Câmeras), representam o que há de mais novo no segmento. Eles são capazes de gerar alertas de situações ocorridas em locais cobertos por câmeras ou outros tipos de sensores, mesmo sem um operador estar visualizando a imagem no momento do fato, classificando os eventos em criticidade, zona e frequência, permitindo o despacho imediato de ações e unidades de atendimento, e posteriormente, uma investigação do evento correlacionado. Desta forma é possível determinar tendências e agir de forma rápida contra as ações suspeitas, criminosas ou de vandalismo.

Amplamente utilizadas na América do Norte, Europa e Oriente Médio, onde qualquer ameaça precisa ser rapidamente identificada e combatida, as câmeras e sistemas inteligentes de monitoramento se mostram cada vez mais necessárias e úteis, por serem uma forma não ostensiva de vigilância e proteção, ajudando a manter a ordem e segurança do patrimônio público e da população em geral.

(*) Paulo Vaz, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios do Ergos Group

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