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Você é uma pessoa ansiosa? Então tenha cuidado

Por Eduardo Dias de Souza (*) | 21/10/2015 14:36

Todos nós sentimos ansiedade e alguma tensão quando nos deparamos com situações estressantes ou ameaçadoras no dia a dia.

Quem nunca sentiu o coração acelerado ao atravessar a rua com um carro ultrapassando o sinal vermelho? Ou temeu não conseguir bater as metas no trabalho?

A ansiedade, neste sentido, são reações normais que desenvolvemos frente a situação estressora.

Então não é possível eliminar a ansiedade, pois ela faz parte do aparato humano. Podemos entendê-la e controlá-la.

Algumas pessoas sofrem mais com o distúrbio e encaram o mundo como se ele fosse altamente ameaçador, o que dificulta a interação social delas.

Diferente do que se imagina, a ansiedade tem várias classificações. Para cada diagnóstico existe um tratamento específico.

Por isso, é importante destacar os quatro sintomas gerais da ansiedade para desmistificar qualquer interpretação que se tenha sobre o distúrbio.

Primeiramente, o nosso próprio corpo dá sinais quando enfrentamos uma situação de risco.

O organismo muda em questão de minutos: os músculos enrijecem, as pupilas dos olhos diminuem e a circulação sanguínea acelera.

Em segundo lugar, podemos destacar os pensamentos que surgem por meio de interpretações equivocadas em relação a um determinado fato.

Outro sintoma é a mudança comportamental em casos estressantes. É comum que as pessoas travem ou tentem se esquivar de acontecimentos incômodos.

Por fim, há a variação emocional que é típica em ocorrências de tensão. Sentir medo é apenas uma das sensações possíveis nestas situações.

Em alguns casos, a ansiedade pode ter desdobramentos mais sérios gerando transtornos como o do pânico.

Para o leitor entender melhor, vou dar o exemplo fictício de um homem que, após trinta anos em um mesmo emprego, teve que lidar com uma situação inédita até então: dirigir e estacionar um caminhão nas movimentadas ruas de São Paulo.

O desconforto o tomou logo pela manhã, e em sua primeira entrega, sentiu uma tontura e o coração ficou acelerado. Ficou com um medo irracional, pois imaginou que algo de errado pudesse acontecer e prejudicar o seu trabalho. A cena descrita é de um ataque de pânico. Ele pode durar minutos ou até mesmo horas dependendo da gravidade do caso.

Além da alteração emocional, a pessoa apresenta sinais físicos que são confundidos com os de um ataque cardíaco. É como se ela estivesse morrendo.

É importante ressaltar que as avaliações médicas são importantes para diferenciar um real risco de morte de um transtorno.

Há alguns anos, quando não havia estudos que associassem as crises de pânico aos sintomas psicológicos, os diagnósticos médicos eram confundidos com problemas cardíacos ou respiratórios, o que dificultava o seu tratamento.

Podemos ajudar uma pessoa com transtorno do pânico somente após o diagnóstico realizado por um profissional qualificado.

A partir deste parecer seremos capazes de qualificar o tratamento como medicamentoso, psicoterapêutico ou ambos.

Para isto, é de suma importância verificar minuciosamente a diferença entre sintomas de cardiopatia e de ataque do pânico.

(*) Eduardo Dias de Souza é psicólogo com formação em psicologia esportiva, psicólogo clínico e acompanhante terapêutico.

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