A atual questão das moedas e tarifas
Dentre os seres humanos pioneiros e valorosos que fugiram da Europa dogmática, os norte-americanos herdaram o American Dream, um traço de união entre eles. No pós-guerra foi criado o dólar vinculado ao ouro como o meio financeiro de impulsionar a reconstrução, mas tanta moeda foi sendo criada que em 1971 os Estados Unidos romperam o acordo do ouro. A decadência promovida pelos trevosos alcançou aquele país a pondo de fazê-lo perder os alvos enobrecedores, polarizando sua população.
Enquanto os EUA abandonavam a produção fabril para incentivar a pegada financeira, dando espaço para as bolhas, a China se esmerava na questão financeira e aprimorava sua capacidade produtiva, aproveitando-se da mão de obra de baixo custo e outros incentivos para produzir e exportar para todas as nações.
Na Cúpula de Fortaleza, realizada em 15 de julho de 2014, os países componentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) aprovaram a criação do Banco do BRICS com o objetivo de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros e em outras economias emergentes. Em 3 de julho de 2015, o projeto se tornou realidade com o banco oferecendo recursos sem a imposição das tradicionais condicionantes.
Com a relocalização fabril e as crises financeiras, economia e finanças chegaram ao desequilíbrio global. Atualmente, o presidente norte-americano Donald Trump introduziu o tarifaço, provocando um reboliço econômico. Agora a questão é como restabelecer equilíbrio econômico e financeiro entre as nações para uma convivência pacífica?
Antes a Libra, depois o Dólar considerado a moeda global invejada devido aos privilégios inerentes, se tornou forte meio apto a arrebanhar poder, em vez de ter como alvo a busca do equilíbrio e da evolução de todos os povos. Mudanças estão sendo desenhadas, mas o ser humano, indolente, o grande causador do atraso, tem de evoluir abandonando as jogadas astutas e a corrupção, o que o estão conduzindo ao abismo.
Os EUA não são o Brasil. Eles não improvisam; têm objetivos e planos sempre voltados para eles mesmos. Mas, nos ventos da decadência geral da humanidade, eles também levaram golpes e agora estão reagindo. Ações e reações são observadas na economia, finanças e na motivação do povo. As consequências estão no ar. Os acontecimentos se atropelam. Quais são os reais objetivos de uns e de outros? Há muitas incertezas, mas a humanidade tem de tomar um rumo sadio para não cair enferma.
Em vez de contatos amistosos e a política do ganha-ganha, o realismo que prepondera nas relações entre os povos há milênios é a baixa estatura ética e moral dos seres humanos encarnados na Terra; são eles que, para satisfazer as próprias cobiças, geram a miséria geral. Não há transparência, escondem as suas reais motivações. São atraídos para essas regiões os espíritos que criaram um karma pesado para si. O emaranhado é tão grande e complexo que nem os maiores intelectos ou a Inteligência Artificial conseguem achar saídas, pois falta-lhes algo.
Tarifa de 50% sobre as exportações é algo inusitado. Um desdobramento do caso BRICS versus Dólar, que põe em xeque todos os envolvidos, incluindo a economia e o câmbio. A resposta poderá solucionar o impasse ou complicar mais ainda. O que vai acontecer? A IA, baseada em probabilidades, poderá indicar o futuro. Quem estuda as leis da Criação e os fios do destino formado pelas resoluções dos seres humanos, também poderá fazer alguma previsão. Por certo, ambas terão forte semelhança.
A justiça superior é coerente, o karma pesado leva o ser humano para o ambiente de sofrimento que ele formou, mas aqui na Terra há a possibilidade de reconhecimento e superação para que possa se livrar dessas regiões opressivas, inclusive aqueles que produzem essas condições miseráveis. O reconhecimento e a mudança de comportamento, com certeza, trarão o livramento das consequências, que podem chegar ao limite da perda da consciência espiritual, o ponto final da individualidade.
São muitos os problemas, mas quem poderá resolvê-los? Estamos cerceados pelos aplicativos, algoritmos, sistemas e tudo mais. As pessoas com mais idade estranham, pois sempre era possível um ajuste; agora, com a rigidez, não é mais; é aquilo ou aquilo que foi definido pelo programa. Os mais jovens já encontraram as coisas assim, se habituaram, mas assumiram a rigidez, desconhecem a flexibilidade que soluciona problemas; talvez por isso se quedam desamparados sem saber que rumo tomar. São os efeitos do enrijecimento espiritual e da falta de flexibilidade.
(*) Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP
Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.