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Você perde a motivação no trabalho com facilidade?

Por Meiry Kamia (*) | 21/08/2013 14:32

Motivação é um estado de espírito muito parecido com felicidade, prazer, alegria e satisfação. A falta de motivação, por outro lado, é caracterizada pelo desânimo, sensação de frustração ou de impotência. Se você se sente assim com relação ao seu trabalho, fique atento aos inimigos da motivação, você pode estar sendo vítima deles.

Inimigo 1 – FALTA DE CONSCIÊNCIA: motivação significa “motivo para a ação”. Se você não tem consciência do motivo pelo qual você executa seu trabalho dificilmente conseguirá manter-se motivado. Por exemplo, a motivação de um médico pode ser “salvar vidas”, a de um arquiteto pode ser “tornar a vida dos outros mais bonita e agradável por meio dos projetos”, etc. O trabalho que você realiza, mesmo que não seja o seu objetivo profissional final, deve fazer algum sentido para você. Por exemplo, pode ser que hoje você atue em uma área que não é a desejada, mas se você entender que as habilidades que está desenvolvendo no trabalho atual te ajudarão a desenvolver o trabalho dos seus sonhos futuramente, você encontrará motivos para realizá-lo com prazer. Pessoas motivadas possuem metas de vida claras e bem definidas, pensam nelas diariamente, alimentando seus sonhos e sua fé. Isso fortalece o subconsciente dando mais força psíquica para enfrentar os momentos de dificuldade.

E atenção! Costumo ouvir de algumas pessoas, que sua motivação para o trabalho é o salário. Não caia nessa armadilha. Dinheiro, segundo as pesquisas sobre motivação, está entre os mais baixos fatores de motivação. A motivação pelo dinheiro acaba assim que você recebe o seu salário.

Inimigo 2 – FOCO NOS PROBLEMAS: uma vez que você desvia a atenção dos seus sonhos, daquilo que te motiva, automaticamente, o seu foco recai sobre os problemas. É comum iniciarmos atividades novas bem motivados (dieta, exercícios, trabalho novo, curso novo, etc), mas é difícil manter o entusiasmo até o final.

Se você fizer um comparativo entre seus pensamentos no início das atividades e depois de certo tempo, verá uma grande diferença. Por exemplo, lembre-se do dia em que recebeu a notícia do RH de sua empresa de que passara no processo seletivo. Lembre-se de sua alegria e pensamentos que se seguiram logo nos primeiros dias. Provavelmente, seus pensamentos giraram em torno de afirmações parecidas com, “Como estou muito feliz por estar aqui! aprenderei bastante com os desafios”, ou “gostei muito das pessoas aqui, o clima é muito bom!”, ou “estou animado para começar a trabalhar e mostrar meu potencial”, etc.

Repare que após certo tempo, os pensamentos mudam para algo do tipo “não suporto esse cara do departamento ‘x’, vive fazendo piadinhas e comentários desagradáveis”, “não suporto ter que falar com ‘fulano’, ele é tão arrogante!”, ou “nossa, essa empresa tem tantos problemas que não tem solução...não sei o que estou fazendo aqui...”, “ô povo para fazer corpo mole nessa empresa! Se deixar, querem que eu faça tudo sozinho!”.

Perceba que os pensamentos foram de um extremo animado e motivado, focado na meta final, que era crescer profissionalmente, fazer o melhor trabalho, etc, para outro extremo em que o foco principal passou a ser “o cara chato e arrogante”, “os problemas da empresa”, “o pessoal que faz ‘corpo mole’”, etc. Nenhum ser humano trabalha para o pior. Trabalhamos apenas para o melhor para nós. Não há como ficar motivado para o trabalho, se você pensa que no ambiente de trabalho encontrará apenas coisas negativas. Quanto mais você pensa em seus sonhos, mais fortes eles se tornarão. A mesma coisa se dá com os problemas, quanto mais você pensa neles, mais fortes eles se tornarão. A questão é: você passa a acreditar naquilo que você pensa. A parte boa é que você pode escolher em quê pensar!

Inimigo 3 – O PAPEL DA VÍTIMA: ocorre quando a falta de motivação já se instalou. Um dos sintomas da vítima é a falta de autoestima e, com ela, a falta de autoconfiança. A vítima se sente mais azarada do que outras pessoas, ou acha que há algo errado com ela. Sentem pena de si mesmas e pequenas frente aos problemas. Esse estado psicológico as faz colocar a culpa em outras pessoas por situações negativas de suas vidas. E se especializam em dar justificativas.

Para sair do estado negativo, é preciso mudar a forma de ver o mundo e a si mesmo. Comece resgatando a autoconfiança em si mesmo. A autoconfiança se dá na coerência entre o que se fala e faz. Comece com coisas simples, por exemplo, se você é tímido e deseja melhorar, estabeleça a meta de cumprimentar as pessoas do trabalho todos os dias, em bom som, mesmo que elas não correspondam. Faça isso por você. Depois, estabeleça outras metas simples e execute. Chegará o momento que você se sentirá mais confiante em estabelecer metas mais ousadas. Verá que resgatou a confiança em si mesmo, e que é uma pessoa que fala e faz! Uma vez mais autoconfiante, poderá estabelecer metas motivadoras para o seu trabalho e lutar por sua felicidade!

(*) Meiry Kamia, palestrante, psicóloga, mestre em Administração de Empresas e consultora organizacional.

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