À espera de contrapartida federal, secretaria renova acordo para coibir tráfico
Por geografia, Mato Grosso do Sul está na rota de crimes transfronteiriços
Com interveniência da Polícia Federal, ministério da Justiça e Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) renovaram, por mais 120 dias, convênio que prevê cooperação das polícias estaduais no combate ao tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul.
Segundo extrato de prorrogação, publicado na edição desta terça-feira (21) do DOU (Diário Oficial da União), o acordo prevê apoio do Estado na prevenção e repressão aos crimes de tráfico e uso de drogas em todo o território, ressalvados o tráfico internacional e as infrações de repercussão interestadual que exijam atuação da Polícia Federal.
O convênio já foi alvo de declarações fortes do próprio governador Reinaldo Azambuja (PSDB) à época de seu vencimento. O Executivo estadual exige uma contrapartida da União, uma vez que, por geografia, as forças locais de segurança também atuam contra a entrada de drogas no País, trazidas do Paraguai e da Bolívia.
Em nota, a Sejusp diz que “pleiteia desde 2019, quando venceu o acordo de cooperação técnica, uma contrapartida da União em razão da atuação”.
A secretaria calcula 1.982 toneladas de drogas apreendidas por policiais estaduais entre 2015 e junho de 2020, “as quais tinham como destino os grandes centros urbanos nacionais e internacionais”.
Um dos principais pontos levantados por Reinaldo Azambuja quando fala do assunto é o custo dos presos do tráfico ao erário estadual. Conforme a Sejusp, o investimento anual para manter estes traficantes no sistema prisional sul-mato-grossense é de R$ 133 milhões.
A renovação do convênio por mais 120 dias passa a valer a partir desta quinta-feira (23).