ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Cidades

Alvo da Omertà, delegado vai trabalhar de tornozeleira em serviço administrativo

Márcio Obara foi removido da 2° Delegacia de Polícia e segue para outro local de trabalho

Leonardo Rocha | 28/08/2020 10:01
Em 2018, quando era titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), em Campo Grande (Foto: Paulo Francis/arquivo)
Em 2018, quando era titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), em Campo Grande (Foto: Paulo Francis/arquivo)

Alvo da Operação Omertá, o delegado Márcio Shiro Obara, que ficou 50 dias preso e está em monitoramento por tornozeleira eletrônica, foi transferido da 2° Delegacia de Polícia de Campo Grande, para o Departamento de Recursos e Apoio Policial.

A decisão foi publicada hoje (28), no Diário Oficial do Estado. A medida adapta o trabalho da autoridade policial ao que permitiu a decisão judicial que colocou Obara em liberdade. Solto no dia 7 de agosto, com o pagamento de fiança de R$ 26,1 mil e a obrigação de usar tornozeleira eletrônica, ele só pode atuar em serviços administrativos.

O Departamento onde foi lotado cuida, por exemplo, da frota da Corporação.

O Ministério Público já pediu o restabelecimento da sua prisão preventiva. No dia 24 de agosto, o MPE entrou com um pedido de agravo regimental, que agora tramita na na 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A promotoria alega que o Obara foi denunciado por corrupção passiva, obstrução de Justiça e lavagem de dinheiro.

Também destaca que o pedido para retorno a prisão é necessária para “assegurar a ordem pública”, alegando o delegado pode atrapalhar e trazer prejuízos à investigação vigente, mesmo que esteja afastado de suas funções.

Obara conseguiu deixar a prisão após decisão da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, que entendeu que nem mesmo em tese, ele integra uma das supostas organizações criminais.

 O delegado foi acusado de esconder provas na investigação do assassinato de policial militar reformado, Ilson Martins de Figueiredo. Também que teria recebido R$ 100 mil pagos pela organização criminosa.

(Matéria editada às 12h30 para acréscimo de informação)

Nos siga no Google Notícias