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Cidades

Amamsul emite nota de pesar após assassinato de juíza no Rio de Janeiro

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arrenzoni foi assassinada pelo ex-marido na frente das filhas do casal

Adriano Fernandes | 25/12/2020 19:39
Amamsul emite nota de pesar após assassinato de juíza no Rio de Janeiro
Juíza Viviane Vieira Arronenzi. (Foto: Arquivo pessoal/ReproduçãoG1)

A Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul), divulgou nota de pesar em solidariedade aos familiares da juíza Viviane Vieira do Amaral Arrenzoni, que foi assassinada pelo ex-marido a facadas na frente das três filhas, nesta véspera de Natal (24) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na nota a associação condenou a estrutura patriarcal que ainda predomina em nossa sociedade e que faz das mulheres, suas principais vítimas, inclusive em Mato Grosso do Sul.

"O feminicídio é um crime de ódio, com raízes na estrutura patriarcal e sexista presente na nossa sociedade e por meio da qual se deseja manter a mulher na condição de subalternidade e inferioridade. O número de feminicídios tem aumentado absurdamente no Brasil e em nosso Estado, e acontece justamente nos momentos em que as mulheres resolvem abandonar os papeis sociais a elas impostos", diz trecho da nota.

O autor do assassinato da juíza foi o ex-marido da juíza, o engenheiro Paulo José Arronenzi, que foi preso em flagrante por feminicídio e levado para a Delegacia de Homicídios do Rio.

Na nota a Amansul também se comprometeu em contribuir com ações para o enfrentamento dos crimes contra as mulheres. "Esta Associação, além de externar seu pesar, compromete-se a contribuir com ações concretas para o enfrentamento dos crimes contra as mulheres, no ambiente público ou privado, a fim de dar cumprimento aos princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana".

"Toda a sociedade é responsável pela busca da igualdade de fato entre os gêneros e os magistrados sul-mato-grossenses não poderiam se abster de cumprir seu papel, de forma a contribuir para a construção de uma sociedade menos violenta, mais solidária e isonômica", conclui a nota.

O caso - Conforme o portal G1 a juíza foi esfaqueada na Avenida Rachel de Queiroz, na frente das três filhas do casal. O assassinato foi registrado em um vídeo que circula nas redes sociais. Em setembro, Viviane havia feito um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido, que foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Ela chegou a ter escolta policial concedida pelo TJ-RJ, mas pediu para retirá-la.

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